Dilma já pediu para que seja marcada, para terça-feira, pela manhã, em Brasília, uma reunião com todos os governadores da base aliada (Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2014 às 12h19.
Brasília - Depois de votar em Porto Alegre, a presidente Dilma Rousseff desembarca em Brasília por volta das 13 horas. Dilma, que continua com problemas na voz por causa de uma laringite, pretende descansar um pouco após o almoço, antes de se reunir com ministros, aliados políticos e coordenadores de campanha, para iniciar o acompanhamento das apurações das eleições.
A ideia é que ela fale à imprensa, por volta das 21 horas, quando a equipe de coordenação acredita que já terá certeza de quem a presidente enfrentará no segundo turno, se Aécio Neves, do PSDB, ou se Marina Silva, do PSB.
Hoje cedo, Dilma fez questão de descartar a possibilidade de que a eleição ao Planalto seja decidida no primeiro turno, como alguns aliados estavam prevendo.
A fala da presidente será no Hotel Royal Tulip, perto do Palácio da Alvorada, e Dilma pretende ter ao seu lado pelos menos 300 pessoas para dar a demonstração de força e união de seu governo.
Dilma quer a presença de ministros e assessores, no Palácio da Alvorada, depois de as urnas serem fechadas, no final da tarde deste domingo, para acompanhar a apuração, quando pretende já começar a pensar nas estratégias para o segundo turno.
Ao mesmo tempo, a presidente Dilma já pediu para que seja marcada, a princípio, para terça-feira, pela manhã, em Brasília, uma reunião com todos os governadores da base aliada.
Na segunda-feira, a presidente pretende fazer os primeiros desenhos com seus coordenadores de campanha, de como será o trabalho no segundo turno, estabelecendo cidades a serem consideradas prioritárias e como deverão focá-las. Rio, São Paulo e Minas continuam sendo considerados importantes, mas a presidente irá a algumas capitais no Nordeste, como Recife, inclusive para subir em palanques de aliados.
Neste momento, os auxiliares mais próximos acreditam que o tucano Aécio Neves será o adversário de Dilma. Mas não descartam que ainda possa ser Marina, como prefere o marqueteiro João Santana, por considerar que a candidata do PSB está mais fragilizada e em queda na intenção de votos, com dificuldade de reversão do quadro.
Mas essa opinião não é unânime entre auxiliares diretos da campanha da presidente, que defendem ser Aécio um adversário mais conhecido e que já foi derrotado pelos petistas.
Outros auxiliares, ao falar da dificuldade de enfrentar Aécio, ressaltam que ele conseguiu fôlego na reta final do primeiro turno, a ponto de ultrapassar Marina e que mostrou que está muito disposto para a guerra no debate de quinta-feira na televisão.