Presidente Dilma Rousseff: presidentes assinarão um acordo na breve reunião (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2014 às 14h45.
Brasília - Dilma Rousseff receberá amanhã, quinta-feira, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, para uma reunião privada em Brasília, e em seguida as presidentes viajarão juntas para São Paulo para assistir à cerimônia de abertura da Copa do Mundo 2014.
Fontes oficiais confirmaram nesta quarta-feira à Agência Efe que, nessa breve reunião, que deve durar uma hora, as presidentes assinarão um acordo para facilitar a troca de informação sobre violações de direitos humanos registradas nos países durante as ditaduras militares.
O acordo começou a ser negociado imediatamente depois da posse de Bachelet, que tomou posse em 11 de março.
Logo depois o ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz, visitou em Brasília o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, para começar a negociar os termos do acordo.
Muñoz ressaltou durante essa visita que "os direitos humanos são fundamentais para os dois governos" e assinalou o "valor simbólico" de tanto Dilma como Bachelet, além de serem amigas pessoais, terem sido perseguidas pelas ditaduras.
A ditadura militar no Brasil foi de 1964 a 1985, e o Chile viveu sob a ditadura do general Augusto Pinochet de 1973 a 1990.
O chanceler chileno disse que seu país "acumulou muitos dados sobre a repressão", que incluem dados sobre brasileiros detidos após que derrubou o presidente Salvador Allende.
Após a reunião em Brasília, Dilma e Bachelet irão juntas para São Paulo, para assistir à cerimônia de abertura da Copa e a partida entre Brasil e Croácia na Arena Corinthians.
Em São Paulo, antes do jogo, Dilma oferecerá um almoço para um grupo de líderes e autoridades convidadas.
O governo brasileiro informou que estão confirmadas para o almoço as presenças do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e dos presidentes da Bolívia, Evo Morales; do Equador, Rafael Correa; do Paraguai, Horacio Cartes; do Uruguai, José Mujica, e do Suriname, Desi Bouterse.
Também estão presentes os presidentes de Angola, José Eduardo dos Santos; e do Gabão, Ali Bongo; o vice-presidente de Gana, Kwesi Bekoe Amissah-Arthur; o emir do Catar, At-Ta"mim bin Hamad Al- Thani, e primeiro-ministro da Croácia, Zoran Milanovic.