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Dilma pode ter oferecido ajuda para Cunha enfrentar o STF

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Eduardo Cunha afirmou que Dilma teria cinco ministros para ajudá-lo no Supremo


	Ainda como presidente da Câmara dos Deputados: Eduardo Cunha durante sessão da Casa
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ainda como presidente da Câmara dos Deputados: Eduardo Cunha durante sessão da Casa (Ueslei Marcelino/Reuters)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 15 de maio de 2016 às 10h46.

São Paulo – Desde que foi afastado do cargo de presidente da Câmara, em 5 de maio, Eduardo Cunha manteve-se longe dos holofotes e agora, em sua primeira entrevista à imprensa, revelou que Dilma teria oferecido ajuda para ele enfrentar o Supremo Tribunal Federal (STF).

À Folha de S. Paulo deste domingo, Cunha afirmou que a Dilma teria dito que tinha cinco ministros do Supremo que poderiam ajudá-lo.

“A presidente, no dia em que estive com ela, em 1º setembro, fui para uma audiência que ela convocou para falar de medidas e sei lá o quê. Ela disse que tinha cinco ministros para poder me ajudar... Ela não disse os nomes nem ajudar no quê. Eu simplesmente ignorei”, disse Cunha à Folha de S. Paulo.

Cunha ainda afirmou ao jornal que não se considera o capitão do golpe, como é chamado pela presidente. Segundo ele, a decisão de aceitar o pedido de impeachment foi técnica. 

“Eu tive 53 pedidos de impeachment... Dos 53, eu rejeitei 41, aprovei 1 e ainda deixei 12 que não foram decididos. Se eu fosse capitão do golpe já teria tido impeachment muito tempo atrás. Eu rejeitei o conceito de que o mandato anterior contaminava o atual. Não entrei no mérito da corrupção. Ela promoveu despesas sem autorização do Poder Legislativo. Foi técnico”, afirmou Cunha à Folha de S. Paulo.

Acusações

Eduardo Cunha enfrenta uma série de acusações investigadas pela Operação lava Jato. Embora negue todas as acusações, a procuradoria geral da república (PGR) comprovou que Cunha possui algumas contas bancárias na Suíça.

O peemedebista é suspeito de participar do esquema de corrupção da Petrobras e em diversas delações da Operação Lava Jato teve seu nome citado por presos. 

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