Dilma levará aliados a sessão em que se defenderá no Senado
"A presidenta Dilma Rousseff vai demonstrar com fundamentos a injustiça da situação (do impeachment)", disse Cardozo
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2016 às 22h50.
Brasília - A presidente afastada Dilma Rousseff levará um grupo de aliados ao Plenário do Senado para assistir à defesa dela, marcada para as 9h da segunda-feira (29).
Será a primeira vez que Dilma se defenderá pessoalmente perante os senadores. Até aqui, a defesa no processo de impeachment tem sido feita apenas por seu advogado e ex-ministro José Eduardo Cardozo.
"A presidente Dilma Rousseff vai demonstrar com fundamentos a injustiça da situação", disse Cardozo.
Dilma expressou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, o desejo de levar 20 aliados à sessão — incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Renan assentiu e liberou a presença de até 30 convidados, que serão acomodados numa das duas galerias laterais do Plenário.
Para garantir o equilíbrio, o presidente do Senado facultou o mesmo direito à advogada Janaína Paschoal, da acusação. Os convidados dela serão instalados na outra galeria lateral. Janaína, no entanto, já avisou que não tem a intenção de levar aliados ao depoimento de Dilma.
"Esse será um momento da defesa e não terá espaço para confronto ", afirmou a advogada.
A presidente terá 30 minutos para apresentar aos senadores os motivos pelos quais não deve ser retirada definitivamente da Presidência da República. Terminado esse prazo, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que comanda o processo no Senado, poderá, a seu critério, aumentar o tempo de fala da ré.
Os senadores, em seguida, interrogarão Dilma. Até a conclusão desta reportagem, havia 46 parlamentares inscritos para fazer perguntas. A lista é encabeçada pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que foi ministra da Agricultura no governo Dilma.
A acusação e a defesa também vão interrogá-la. A presidente, porém, terá o direito de permanecer calada diante dos questionamentos dos senadores e dos advogados.
Renan ofereceu a Dilma uma sala de reuniões da Presidência do Senado para que ela e seus convidados aguardem o início da sessão. A Casa providenciará alimentação para todo o período em que ela estiver à disposição do julgamento.
Crime de responsabilidade
Dilma é acusada de ter praticado crime de responsabilidade nos episódios das pedaladas fiscais (atraso nos repasses do Plano Safra ao Banco do Brasil) e da edição de decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional. Ela nega as acusações.
O pedido de impeachment começou a ser estudado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado e chegou ao Senado em abril. Os senadores decidiram abrir o processo em maio, e ela foi afastada do posto e substituída interinamente por seu vice, Michel Temer.
A expectativa é que o julgamento acabe na terça (30) ou na quarta-feira (31).
A votação será aberta e nominal. Caso pelo menos 54 dos 81 senadores votem a favor do impeachment, Dilma será condenada ao afastamento definitivo do cargo e à perda dos direitos políticos por oito anos. Se menos de 54 senadores votarem a favor do impeachment, ela será absolvida e voltará para a Presidência da República.
Brasília - A presidente afastada Dilma Rousseff levará um grupo de aliados ao Plenário do Senado para assistir à defesa dela, marcada para as 9h da segunda-feira (29).
Será a primeira vez que Dilma se defenderá pessoalmente perante os senadores. Até aqui, a defesa no processo de impeachment tem sido feita apenas por seu advogado e ex-ministro José Eduardo Cardozo.
"A presidente Dilma Rousseff vai demonstrar com fundamentos a injustiça da situação", disse Cardozo.
Dilma expressou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, o desejo de levar 20 aliados à sessão — incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Renan assentiu e liberou a presença de até 30 convidados, que serão acomodados numa das duas galerias laterais do Plenário.
Para garantir o equilíbrio, o presidente do Senado facultou o mesmo direito à advogada Janaína Paschoal, da acusação. Os convidados dela serão instalados na outra galeria lateral. Janaína, no entanto, já avisou que não tem a intenção de levar aliados ao depoimento de Dilma.
"Esse será um momento da defesa e não terá espaço para confronto ", afirmou a advogada.
A presidente terá 30 minutos para apresentar aos senadores os motivos pelos quais não deve ser retirada definitivamente da Presidência da República. Terminado esse prazo, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que comanda o processo no Senado, poderá, a seu critério, aumentar o tempo de fala da ré.
Os senadores, em seguida, interrogarão Dilma. Até a conclusão desta reportagem, havia 46 parlamentares inscritos para fazer perguntas. A lista é encabeçada pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que foi ministra da Agricultura no governo Dilma.
A acusação e a defesa também vão interrogá-la. A presidente, porém, terá o direito de permanecer calada diante dos questionamentos dos senadores e dos advogados.
Renan ofereceu a Dilma uma sala de reuniões da Presidência do Senado para que ela e seus convidados aguardem o início da sessão. A Casa providenciará alimentação para todo o período em que ela estiver à disposição do julgamento.
Crime de responsabilidade
Dilma é acusada de ter praticado crime de responsabilidade nos episódios das pedaladas fiscais (atraso nos repasses do Plano Safra ao Banco do Brasil) e da edição de decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional. Ela nega as acusações.
O pedido de impeachment começou a ser estudado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado e chegou ao Senado em abril. Os senadores decidiram abrir o processo em maio, e ela foi afastada do posto e substituída interinamente por seu vice, Michel Temer.
A expectativa é que o julgamento acabe na terça (30) ou na quarta-feira (31).
A votação será aberta e nominal. Caso pelo menos 54 dos 81 senadores votem a favor do impeachment, Dilma será condenada ao afastamento definitivo do cargo e à perda dos direitos políticos por oito anos. Se menos de 54 senadores votarem a favor do impeachment, ela será absolvida e voltará para a Presidência da República.