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Dilma insiste em plebiscito para reforma política

Pesquisas de opinião recentes mostraram apoio à sua proposta para a mudança das regras políticas do país

Dilma Rousseff: "Nós propusemos que houvesse uma consulta ao povo baseada em um plebiscito, no qual se exporiam as condições e se abriria um debate" (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2013 às 14h10.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff insistiu nesta quarta-feira em sua defesa de um plebiscito para estabelecer as bases de uma reforma política e lembrou que pesquisas de opinião recentes mostraram apoio à sua proposta para a mudança das regras políticas do país.

"Quando se trata de reforma política, eu acho fundamental que nós tenhamos como base da reforma política a consulta popular", disse a presidente em discurso durante reunião para comemorar os dez anos do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Dilma fez a defesa do plebiscito em um momento em que o Congresso Nacional trabalha na direção de estabelecer dentro do Legislativo as normas para uma reforma e, só posteriormente, submetê-las a um referendo popular.

O governo federal defende um plebiscito no qual a população seja previamente consultada sobre os pontos da reforma para só depois o Congresso votar a matéria com base nos resultados dessa consulta popular.

"Nós propusemos que houvesse uma consulta ao povo baseada em um plebiscito, no qual se exporiam as condições e se abriria um debate. Para nós, para mim, para o meu governo... e tenho visto também nas pesquisas que esta questão da reforma política feita através de consulta popular é imprescindível como uma resposta efetiva ao desejo profundo que emanou das manifestações", acrescentou.

Pesquisas de opinião recentes, como a do Datafolha divulgada no fim do mês passado e a do instituto MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostraram apoio de 68 por cento para a proposta do governo de um plebiscito para dar as bases de uma reforma política.

Esses mesmos levantamentos apontaram queda significativa na aprovação do governo e na popularidade da presidente, de mais de 20 pontos percentuais, desde a onda de protestos que chegou a levar em um só dia mais de 1 milhão de pessoas às ruas de todo o país no mês passado.

No fim de junho, após a série de protestos em diversas cidades, Dilma propôs cinco pactos a todos os governadores e prefeitos de capitais, entre eles um plebiscito para autorizar um "processo constituinte" para a reforma política.

Posteriormente, o governo abandonou a ideia de uma Constituinte específica para a reforma e, no início deste mês, enviou ao Congresso uma proposta de plebiscito para estabelecer os fundamentos das mudanças.

A ideia de um plebiscito, no entanto, perdeu fôlego no Congresso Nacional, e a Câmara dos Deputados criou um grupo de trabalho, liderado pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que promete concluir os trabalhos em 90 dias.

A Casa criará um portal na Internet para receber propostas sobre a reforma que, depois de aprovada pelo Legislativo, deve ser submetida a um referendo popular.

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff insistiu nesta quarta-feira em sua defesa de um plebiscito para estabelecer as bases de uma reforma política e lembrou que pesquisas de opinião recentes mostraram apoio à sua proposta para a mudança das regras políticas do país.

"Quando se trata de reforma política, eu acho fundamental que nós tenhamos como base da reforma política a consulta popular", disse a presidente em discurso durante reunião para comemorar os dez anos do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Dilma fez a defesa do plebiscito em um momento em que o Congresso Nacional trabalha na direção de estabelecer dentro do Legislativo as normas para uma reforma e, só posteriormente, submetê-las a um referendo popular.

O governo federal defende um plebiscito no qual a população seja previamente consultada sobre os pontos da reforma para só depois o Congresso votar a matéria com base nos resultados dessa consulta popular.

"Nós propusemos que houvesse uma consulta ao povo baseada em um plebiscito, no qual se exporiam as condições e se abriria um debate. Para nós, para mim, para o meu governo... e tenho visto também nas pesquisas que esta questão da reforma política feita através de consulta popular é imprescindível como uma resposta efetiva ao desejo profundo que emanou das manifestações", acrescentou.

Pesquisas de opinião recentes, como a do Datafolha divulgada no fim do mês passado e a do instituto MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostraram apoio de 68 por cento para a proposta do governo de um plebiscito para dar as bases de uma reforma política.

Esses mesmos levantamentos apontaram queda significativa na aprovação do governo e na popularidade da presidente, de mais de 20 pontos percentuais, desde a onda de protestos que chegou a levar em um só dia mais de 1 milhão de pessoas às ruas de todo o país no mês passado.

No fim de junho, após a série de protestos em diversas cidades, Dilma propôs cinco pactos a todos os governadores e prefeitos de capitais, entre eles um plebiscito para autorizar um "processo constituinte" para a reforma política.

Posteriormente, o governo abandonou a ideia de uma Constituinte específica para a reforma e, no início deste mês, enviou ao Congresso uma proposta de plebiscito para estabelecer os fundamentos das mudanças.

A ideia de um plebiscito, no entanto, perdeu fôlego no Congresso Nacional, e a Câmara dos Deputados criou um grupo de trabalho, liderado pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que promete concluir os trabalhos em 90 dias.

A Casa criará um portal na Internet para receber propostas sobre a reforma que, depois de aprovada pelo Legislativo, deve ser submetida a um referendo popular.

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