Presidente Dilma Rousseff durante reunião com o presidente do SRI International, Bill Jeffrey, nos EUA (Roberto Stuckert Filho/PR/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2015 às 22h32.
San Francisco - A presidente Dilma Rousseff encerrou sua viagem oficial aos Estados Unidos nesta quarta-feira com uma visita ao Vale do Silício, na Califórnia, onde se reuniu com executivos do setor de tecnologia de ponta e andou num carro autônomo do Google.
Dilma usou a visita para fortalecer os laços com as empresas de tecnologia dos EUA depois de visitar Washington D.C. e Nova York no início da semana.
Durante a visita, o Google anunciou que irá inaugurar um novo espaço de engenharia em Belo Horizonte, em novembro, que mais do que dobrará o número de engenheiros que trabalham no Brasil em alguns dos principais produtos da empresa.
Dilma começou o dia com um café da manhã junto à reitora da Universidade da Califórnia e ex-secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano. Ela se reuniu também com o presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, que exibiu um dos carros autônomos da empresa antes de convidá-la a fazer um teste.
Sua visita à Califórnia coincidiu com a divulgação, no Brasil, da pesquisa CNI/Ibope apontando que a rejeição a Dilma aumentou ainda mais no fim de junho, derrubando a avaliação ótima/boa de seu governo para um dígito, no pior resultado desde o ex-presidente José Sarney no fim de 1989.
Em entrevista coletiva na sede do Google em Mountain View, Dilma disse que sua viagem aos EUA foi produtiva, mas se recusou a comentar os números da pesquisa.
Dilma também participou de um almoço com os principais executivos do Vale do Silício, como Microsoft Corp, Apple Inc, Facebook Inc, Amazon Inc, Cisco Inc e PayPal.
O Brasil é o segundo maior mercado de usuários, depois dos EUA, para Google, Apple e Facebook.
No início da semana, Dilma se reuniu com o presidente dos EUA, Barack Obama, e os dois líderes concordaram com uma série de passos para facilitar o comércio bilateral.
Ela disse que "algumas coisas mudaram" desde outubro de 2013, quando cancelou uma visita de Estado oficial após revelações do ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden de que os EUA haviam espionado suas comunicações e de outros brasileiros.