Dilma diz que vê naturalmente entrada de Marina
Auxiliares da presidente e integrantes do comitê da campanha ficaram preocupados com o resultado da última pesquisa Datafolha
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2014 às 17h02.
Porto Velho - No primeiro dia da exibição do horário eleitoral no rádio e na TV, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse nesta terça-feira que não está preocupada com a entrada da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (PSB), na corrida pelo Palácio do Planalto. O nome de Marina deve ser confirmado na chapa do PSB nesta quarta-feira, em Brasília.
A presidente visitou nesta terça-feira as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, em um esforço da campanha para colocar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na vitrine eleitoral.
Após a visita, foi questionada pelo Broadcast sobre a candidatura de Marina. "Meu querido, eu quero dizer pra vocês: vou fazer a minha campanha, tenho muito o que mostrar. Eu não posso ficar preocupada com qualquer pessoa ou com o que ela queira fazer, é direito das pessoas concorrerem. E é meu direito, agora, aproveitar esse período e apresentar as obras que nós estamos fazendo, tudo que nós entregamos", afirmou Dilma, após a visita à hidrelétrica de Santo Antônio.
A licença prévia das hidrelétricas foi emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 2007, quando Marina Silva - agora alçada à cabeça de chapa do PSB na corrida pelo Palácio do Planalto - chefiava o Ministério do Meio Ambiente. "Eu vejo naturalmente (a entrada da Marina na disputa), quero lembrar que na época nós lutamos muito para viabilizar tanto Santo Antonio quanto Jirau, contratando técnicos e especialistas", disse Dilma. "Não tenho por que comentar a entrada de ninguém".
Apesar das declarações de Dilma, internamente auxiliares da presidente e integrantes do comitê da campanha ficaram preocupados com o resultado da última pesquisa Datafolha, que apontou situação de empate técnico entre Dilma e Marina em um eventual segundo turno. O Palácio do Planalto prefere enfrentar num segundo round o candidato do PSDB, Aécio Neves, visto como um alvo mais previsível de ser combatido, reeditando a polarização entre PT e PSDB das últimas disputas.