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Dilma critica postura de Aécio com a Petrobras

Em resposta, Dilma disse que o tucano estava mal informado, destacando que na gestão do PT a empresa aumentou de valor e aumentou a produção com o pré-sal

Sobre economia: a candidata Luciana defendeu que "para fazer uma nova política, é preciso contrariar interesses do capital financeiro"; já o candidato do PSC, Pastor Everaldo, defendeu o livre mercado e a livre concorrência para o setor de energia (REUTERS/Paulo Whitaker)
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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 06h37.

São Paulo - No quarto bloco do debate entre os presidenciáveis na Band, o candidato do PSDB, Aécio Neves , disse que no seu governo não haverá espaço para o projeto "bilionário" do trem bala, porque sua eventual gestão irá priorizar o transporte de massa para a população.

Para o tucano, o atual governo petista não sabe estabelecer prioridades e nem fazer projetos. Nas críticas à gestão petista, o tucano disse ainda: "Durante 10 anos o atual governo demonizou as parcerias com a iniciativa privada ."

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O escândalo da Petrobras foi trazido ao centro do debate da Band pelo candidato Aécio Neves, que perguntou a ela se não era hora de pedir desculpas ao povo brasileiro "pela má gestão de seu governo na estatal".

Em resposta, Dilma disse que o tucano estava mal informado, destacando que na gestão do PT a empresa aumentou de valor e aumentou a produção com o pré-sal, ao contrário do que ocorreu no governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, citando o acidente com a plataforma P-26 e a troca de ativos com a Repsol YPF. Dilma disse que era uma leviandade tratar uma empresa deste porte como o tucano estava fazendo.

Aécio disse que leviandade é a forma como a Petrobras vem sendo administrada. Segundo ele, ela saiu das páginas da economia para as da polícia. "A senhora não pode mais se omitir da responsabilidade", cobrou o tucano, lembrando que um ex-diretor da empresa, "colega" da presidente, está hoje atrás das grades pelas falcatruas cometidas na empresa.

Na tréplica, Dilma disse que a gestão petista jamais levou os escândalos para debaixo do tapete, como era feito na gestão de FHC quando havia "um engavetador geral da República", numa ironia ao ex-procurador-geral da República do governo FHC Geraldo Brindeiro, acusado pelo PT de "engavetar" escândalos da gestão tucana.

Neste bloco, Marina defendeu controle da inflação, juros baixos e frisou: "Não podemos ter uma situação em que os que têm menos pagam mais." Para a candidata socialista, sua coligação tem o compromisso de não perder as conquistas econômicas já conquistadas, citando a manutenção do tripé macroeconômico. E voltou a dizer que, se eleita, pretende governar com as melhores cabeças e quadros de todos os partidos.

Indagada pela candidata do PSOL , Luciana Genro, se iria governar com uma equipe econômica tucana, ela disse, mais uma vez, que não gostava de rótulos. Para Luciana, os três candidatos (Dilma, Aécio e Marina) são muito parecidos. "Para fazer uma nova política, é preciso contrariar interesses do capital financeiro", defendeu Luciana.

O candidato do PSC , Pastor Everaldo, defendeu o livre mercado e a livre concorrência para o setor de energia. Ao falar do planejamento que sua gestão faz no setor de energia, a presidente Dilma lembrou o episódio do apagão, que marcou a gestão do segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Everaldo disse que o planejamento que ele vê no governo é apenas um planejamento para se manter no poder e não para pensar o Brasil daqui a 20, 40 anos.

O Pastor Everaldo questionou Dilma sobre carga tributária, e a petista respondeu: "O meu governo fez um conjunto de desonerações. Primeiro, desoneramos a cesta básica, a folha de pagamento das empresas e a ampliação do Simples. Considero que foi muito importante a Lei de Universalização do Simples. Acredito que uma reforma tributária é fundamental para o país. Mas precisamos de uma maioria parlamentar para tanto."

E disse ainda: "Aumentamos um ponto porcentual no FPM no governo Lula e somos a favor de aumentar em mais um ponto porcentual agora".

No final do bloco, Marina Silva questionou Pastor Everaldo (PSC) sobre o papel do Estado, em sua concepção, para o desenvolvimento nacional. "Eu defendo a redução do Estado ao mínimo, vou cortar, na carne, os ministérios a 20. Hoje vemos o Estado prejudicando o empreendedor brasileiro e o empreendedor internacional. O Estado hoje se serve da população", respondeu, defendendo um Estado mobilizador, que mobilize o melhor de si, da iniciativa privada, do empreendedorismo e dos setores sociais.

Everaldo retrucou, dizendo que ele é a favor do livre mercado, pois hoje o que atrapalha o desenvolvimento do Brasil é justamente o Estado.

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