Exame Logo

Dilma anunciará que sancionará lei que tipifica feminicídio

A presidente Dilma Rousseff anunciará neste domingo, em pronunciamento à nação em cadeia nacional de rádio e TV, que sancionará amanhã a lei que tipifica o feminicídio como crime no Brasil

Dilma Rousseff anunciará em pronunciamento neste domingo que sancionará a lei que tipifica o feminicídio (Ueslei Marcelino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de março de 2015 às 17h07.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff anunciará neste domingo, em pronunciamento à nação em cadeia nacional de rádio e TV, que sancionará amanhã em cerimônia especial no Palácio do Planalto a lei que tipifica o feminicídio como crime no Brasil.

O respectivo projeto de lei foi aprovado na terça-feira em votação na Câmara dos Deputados e entrará em vigor assim que a chefe de Estado o sancionar.

A nova lei modifica o Código Penal para introduzir um novo crime e reforma a chamada Lei Maria da Penha, destinada a combater a violência doméstica e de gênero que entrou em vigor em 2006.

A classificação do feminicídio como 'crime hediondo' impede que os acusados sejam libertados após pagamento de fiança, estipula que a morte de mulheres por motivos de gênero seja um agravante do homicídio e aumenta as penas às quais podem ser condenados os responsáveis, que poderão variar de 12 a 30 anos.

A representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, disse em comunicado que espera que a iniciativa permita a redução do 'perverso panorama de 5.000 mulheres assassinadas anualmente no Brasil'.

A ONU considera como feminicídio a morte de uma mulher por um agressor com o qual tem relação ou por violência sexual, assim como sua tortura, sua mutilação ou sua desfiguração.

O Palácio do Planalto também divulgou hoje um vídeo comemorativo do Dia Internacional da Mulher com mensagens das cinco mulheres que compõem o gabinete de Dilma.

As ministras Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres), Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Nilma Lino (Igualdade Racial), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Ideli Salvatti (Direitos Humanos) destacaram o papel da mulher no Brasil como principal fator para o desenvolvimento com inclusão dos mais pobres.

O Dia Internacional da Mulher foi lembrado em São Paulo com uma passeata de cerca de três mil pessoas que ocupou todas as pistas da Avenida Paulista e na qual os manifestantes defenderam reivindicações como a legalização do aborto e a igualdade dos salários.

'Alcançamos conquistas, mas ainda estão pendentes temas como a descriminalização do aborto, a violência de gênero, e não só a doméstica, e as práticas patriarcais que afetam o cotidiano das mulheres', afirmou a coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Nalu Faria.

No Rio de Janeiro as mulheres que utilizaram meios de transporte público neste domingo foram homenageadas com rosas, bombons e música, em uma iniciativa da Secretaria de Transportes.

'É uma homenagem justa, embora saibamos que ainda temos muito a fazer para melhorar a condição das mulheres no transporte público', afirmou o secretário de Transportes do Rio, Carlos Roberto Osorio.

Veja também

Brasília - A presidente Dilma Rousseff anunciará neste domingo, em pronunciamento à nação em cadeia nacional de rádio e TV, que sancionará amanhã em cerimônia especial no Palácio do Planalto a lei que tipifica o feminicídio como crime no Brasil.

O respectivo projeto de lei foi aprovado na terça-feira em votação na Câmara dos Deputados e entrará em vigor assim que a chefe de Estado o sancionar.

A nova lei modifica o Código Penal para introduzir um novo crime e reforma a chamada Lei Maria da Penha, destinada a combater a violência doméstica e de gênero que entrou em vigor em 2006.

A classificação do feminicídio como 'crime hediondo' impede que os acusados sejam libertados após pagamento de fiança, estipula que a morte de mulheres por motivos de gênero seja um agravante do homicídio e aumenta as penas às quais podem ser condenados os responsáveis, que poderão variar de 12 a 30 anos.

A representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, disse em comunicado que espera que a iniciativa permita a redução do 'perverso panorama de 5.000 mulheres assassinadas anualmente no Brasil'.

A ONU considera como feminicídio a morte de uma mulher por um agressor com o qual tem relação ou por violência sexual, assim como sua tortura, sua mutilação ou sua desfiguração.

O Palácio do Planalto também divulgou hoje um vídeo comemorativo do Dia Internacional da Mulher com mensagens das cinco mulheres que compõem o gabinete de Dilma.

As ministras Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres), Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Nilma Lino (Igualdade Racial), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Ideli Salvatti (Direitos Humanos) destacaram o papel da mulher no Brasil como principal fator para o desenvolvimento com inclusão dos mais pobres.

O Dia Internacional da Mulher foi lembrado em São Paulo com uma passeata de cerca de três mil pessoas que ocupou todas as pistas da Avenida Paulista e na qual os manifestantes defenderam reivindicações como a legalização do aborto e a igualdade dos salários.

'Alcançamos conquistas, mas ainda estão pendentes temas como a descriminalização do aborto, a violência de gênero, e não só a doméstica, e as práticas patriarcais que afetam o cotidiano das mulheres', afirmou a coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Nalu Faria.

No Rio de Janeiro as mulheres que utilizaram meios de transporte público neste domingo foram homenageadas com rosas, bombons e música, em uma iniciativa da Secretaria de Transportes.

'É uma homenagem justa, embora saibamos que ainda temos muito a fazer para melhorar a condição das mulheres no transporte público', afirmou o secretário de Transportes do Rio, Carlos Roberto Osorio.

Acompanhe tudo sobre:CrimeGoverno DilmaHomicídiosMulheres

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame