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19 são indiciados por morte de cacique em MS

Nísio Gomes foi morto após invasão de acampamento indígena na fronteira entre Brasil e Paraguai

Índios na região do Rio Xingu: morte de cacique no Mato Grosso do Sul teve repercussão internacional (Noel Villas Bôas/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 17h11.

Cuiabá - Dezenove pessoas responderão pela morte do cacique Guarani Kaiowá, Nísio Gomes, ocorrida durante invasão de pistoleiros encapuzados e armados no acampamento Tekoha Guaiviry, no município de Amambaí, em Mato Grosso do Sul em novembro de 2011. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal do Mato Grosso do Sul (MPF-MS) e aceita pela juíza federal Lisa Taubemblatt.

O cacique foi morto depois que o acampamento, que fica na faixa de divisa fronteira entre os municípios de Amambaí e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, na fronteira entre Brasil e Paraguai, foi invadido por cerca de 40 homens armados. Um dos filhos do cacique disse que pistoleiros invadiram o acampamento e atiraram na cabeça de seu pai. Em seguida, o corpo foi arrastado e jogado em cima de uma caminhonete e levado pelos pistoleiros e até hoje nunca foi localizado. O MPF-MS concluiu que, mesmos sem o corpo ou restos mortais, há provas e indícios suficientes do homicídio qualificado do cacique Nízio.

O crime repercutiu internacionalmente, destaca o MPF. "Colocou em foco o ambiente onde imperam o preconceito, a discriminação, a violência e o constante desrespeito a direitos fundamentais dos 44 mil guarani-kaiowá e guarani-ñandeva que vivem em Mato Grosso do Sul", diz um trecho da denuncia do MPF. Entre os réus estão fazendeiros, advogados e um secretário municipal, além de proprietário e funcionários de uma empresa de segurança privada. Sete réus estão presos. Eles foram presos em 2011.

Dos 19, três respondem por homicídio qualificado, lesão corporal, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma de fogo e corrupção de testemunha; quatro por homicídio qualificado, lesão corporal, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma de fogo; e 12 por homicídio qualificado, lesão corporal, quadrilha ou bando armado e porte ilegal de arma de fogo.

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O cacique foi morto depois que o acampamento, que fica na faixa de divisa fronteira entre os municípios de Amambaí e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, na fronteira entre Brasil e Paraguai, foi invadido por cerca de 40 homens armados. Um dos filhos do cacique disse que pistoleiros invadiram o acampamento e atiraram na cabeça de seu pai. Em seguida, o corpo foi arrastado e jogado em cima de uma caminhonete e levado pelos pistoleiros e até hoje nunca foi localizado. O MPF-MS concluiu que, mesmos sem o corpo ou restos mortais, há provas e indícios suficientes do homicídio qualificado do cacique Nízio.

O crime repercutiu internacionalmente, destaca o MPF. "Colocou em foco o ambiente onde imperam o preconceito, a discriminação, a violência e o constante desrespeito a direitos fundamentais dos 44 mil guarani-kaiowá e guarani-ñandeva que vivem em Mato Grosso do Sul", diz um trecho da denuncia do MPF. Entre os réus estão fazendeiros, advogados e um secretário municipal, além de proprietário e funcionários de uma empresa de segurança privada. Sete réus estão presos. Eles foram presos em 2011.

Dos 19, três respondem por homicídio qualificado, lesão corporal, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma de fogo e corrupção de testemunha; quatro por homicídio qualificado, lesão corporal, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma de fogo; e 12 por homicídio qualificado, lesão corporal, quadrilha ou bando armado e porte ilegal de arma de fogo.

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