Bandeira em assentamento do MST: na área do Assentamento Milton Santos vivem cerca de 70 famílias assentadas pelo Incra há sete anos (Veja)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2012 às 13h16.
São Paulo - Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fizeram na manhã de hoje (20) manifestações em dez rodovias de diferentes regiões do estado paulista. Eles protestavam contra a reintegração de posse do Assentamento Milton Santos, em Americana (SP). A maioria das estradas teve trechos interrompidos nos dois sentidos, provocando congestionamentos nas vias, de acordo com as polícias rodoviárias federal e estadual. Desde as 11h, o trânsito já está normalizado em todos os locais.
Uma das rodovias bloqueadas foi a BR-153, na altura do Km 153, na cidade de Lupércio, região de Promissão. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o trecho ficou interrompido por cerca de 50 minutos e provocou 2 quilômetros de congestionamento.
Na região de Campinas, o Km 136 da Rodovia Anhanguera foi bloqueado nos dois sentidos por volta das 9h e liberado 40 minutos depois, de acordo com a concessionária que administra a via, a CCR AutoBan.
Segundo informações do policiamento rodoviário estadual e do MST, o trânsito foi interrompido ainda em trechos das seguintes rodovias: Francisco Alves Negrão, Comandante João Ribeiro de Barros, Raposo Tavares, SP-563, Floriano Rodrigues, Abraão Assed e dois trechos da Marechal Rondon.
O ato dos trabalhadores faz parte de uma jornada de atividades, iniciada na semana passada, contra a reintegração de posse do assentamento em Americana. No último dia 11, os manifestantes ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na capital paulista. No dia anterior (10), o movimento fez outro ato em frente ao prédio do escritório da Presidência da República, na Avenida Paulista, para cobrar da presidenta Dilma Rousseff a assinatura do decreto de desapropriação social da área.
Na área do Assentamento Milton Santos vivem cerca de 70 famílias assentadas pelo Incra há sete anos, segundo o movimento. As famílias reivindicam a desapropriação por interesse social, única medida legal que pode reverter o despejo, determinado pela Justiça no dia 28 de novembro.