Dados foram contabilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) (Marizilda Cruppe/Amazônia Real/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 3 de agosto de 2023 às 11h32.
O acumulado de alertas de desmatamento na Amazônia foi de 7.952 km² de agosto de 2022 a 31 de julho de 2023, a menor marca anual em um período de quatro anos registrada pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), iniciado em 2015.
Em contrapartida, no mesmo período, a área derrubada no Cerrado foi de 6.359 km², a maior de toda a série histórica do Deter — iniciado em 2019 no bioma.
Para efeito de comparação, as capitais Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, possuem juntas uma área de, aproximadamente, 3.050 km², menos da metade do que foi desmatado em cada um dos biomas.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 3, pelos ministérios do Meio Ambiente e da Ciência. Segundo as pastas, o tempo menor de ação direta do governo federal no Cerrado em comparação à Amazônia é um dos fatores que explicam o aumento dos alertas no bioma.
Apenas no mês de julho, o desmatamento caiu 66% na Amazônia e cresceu 23% no Cerrado. Conforme mostrou o GLOBO no mês passado, a área desmatada nos primeiros seis meses do ano na região foi de 4.408 km², 21% maior que o captado no período em 2022, de 3.628 km². Os estados com maior desmatamento são Bahia, Maranhão, Piauí, Tocantins, Mato Grosso e Pará.
"Temos um ganho na Amazônia e um grande desafio no Cerrado", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. "Nós fizemos uma ação emergencial no Cerrado, e se não tivéssemos feito o desmatamento teria aumentado de forma desenfreada".