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Desmatamento avança 29,5%; Déficit fiscal de R$ 80 bilhões; Covas: não tem plano B; reforma administrativa "no forno"; E mais…

Amazônia: ministro do Meio Ambiente afirmou que precisa de uma "estratégia diferente" (Victor Moriyama/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2019 às 07h11.

Última atualização em 19 de novembro de 2019 às 07h35.

Desmatamento avança 29,5%
Entre 1º de agosto de 2018 e 31 de julho deste ano, o desmatamento na floresta amazônica brasileira cresceu 29,5% sobre o período imediatamente anterior. Os dados são do Prodes, sistema de satélites que faz o monitoramento anual do desmatamento por corte raso na região, e foram divulgados nesta segunda-feira (18) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O saldo de 9.762 quilômetros quadrados de área desmatada é o maior nos últimos 11 anos, superado pelo período 2007-2008, quando foram registrados 12.911 quilômetros quadrados de área desmatada.

Projeção do mercado para PIB em 2020 sobe para 2,17%
Na esteira dos dados mais recentes de atividade econômica, a expectativa de crescimento da economia em 2019 seguiu em 0,92%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 18, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa de alta era de 0,88%. Para 2020, o mercado financeiro alterou a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,08% para 2,17%. Quatro semanas atrás, estava em 2,00%. Na quinta-feira passada, o BC informou que seu Índice de Atividade (IBC-Br) teve expansão de 0,44% em setembro ante agosto, na série com ajustes sazonais. No até setembro, o indicador acumulou alta de 0,80%, na série sem ajustes. Em setembro, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2019, de aumento de 0 8% para elevação de 0,9%.

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Neon recebe aporte de R$ 400 milhões
A fintech Neon, que oferece produtos como conta de pagamentos digital e cartão de crédito, recebeu investimento de 400 milhões de reais do fundo General Atlantic e do Banco Votorantim. O aporte foi um dos maiores de série B no Brasil, isto é, voltado a empresas com modelo de negócio já consolidado e foco em expansão dos serviços. Fundada em 2016, a Neon tem atualmente 2 milhões de contas ativas, e pretende usar o aporte sobretudo para levar a marca para capitais fora do eixo Rio-São Paulo, com investimentos em marketing, além de ampliar a oferta de produtos, com novas modalidades de crédito e opções de investimento. Hoje a Neon tem 600 funcionários, e os recursos também serão usados para contratações e melhorias na tecnologia.

O IPO local da Saudi Aramco
Há dois anos, quando a oferta pública inicial da petroleira saudita Aramcoestimulava a imaginação de investidores estrangeiros, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sentiu-se compelido a fazer lobby para que a venda de ações acontecesse no mercado americano. “Gostaria muito que a Arábia Saudita fizesse o IPO da Aramco na Bolsa de Valores de Nova York,” tuitou Trump em novembro de 2017. Hoje, a Saudi Aramco não está apenas ignorando Nova York – e outras bolsas internacionais – para a listagem, mas decidiu que nem sequer vai promover o IPO para investidores americanos, canadenses, europeus ou japoneses. Em vez disso, a Aramco depositou toda sua confiança nos sauditas ultrarricos, muitos dos quais foram pressionados a investir, para levar a oferta adiante. Os bancos sauditas estão flexibilizando as regras de financiamento para permitir que investidores locais comprem mais ações.

935 investigações paralisadas
Três órgãos de coordenação e revisão do Ministério Público Federal (MPF) reforçaram a necessidade de revisão da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, que suspendeu diversos procedimentos de investigação apoiados em dados fiscais e bancários compartilhados sem o aval prévio da justiça. A liminar concedida em julho por Toffoli a pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) será analisada pelo plenário do Supremo na próxima quarta-feira, 20. O saldo de casos parados só no MPF chegou a 935.

“No forno”
O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta segunda-feira, 18, que a proposta do governo para a reforma administrativa “está no forno”, mas não confirmou se ela será enviada ainda neste ano ao Congresso Nacional. “Para que tanta pressa?”, questionou o presidente. A proposta altera regras sobre a estabilidade de futuros servidores e deve prever redução dos salários iniciais. Bolsonaro já prometeu mandar o texto ao Legislativo na semana retrasada e passada, mas, no domingo, disse que o texto “vai aparecer aí, mas vai demorar um pouco”.

Déficit de R$ 80 bi
O déficit primário do governo deverá ficar pouco abaixo de 80 bilhões de reais este ano, afirmou nesta segunda-feira (18), o ministro da Economia, Paulo Guedes, destacando também que o ano será encerrado com descontingenciamento integral dos gastos que haviam sido congelados para garantir o cumprimento da meta fiscal. “Estamos fazendo balanço que foi ano interessante, conseguimos muita colaboração do Congresso nas nossas metas de reformas”, disse Guedes em fala inicial em coletiva de imprensa no Planalto, na qual também destacou a atuação do Judiciário e do Tribunal de Contas da União.

Covas: não tem plano B
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta segunda-feira (18) em coletiva de imprensa ao lado do prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), que não existe um “plano B” para o partido na disputa eleitoral do ano que vem em São Paulo. “(O PSDB) Não tem plano B. Tem o plano Bruno. É só Bruno em 2020. Ele terá saúde, disposição e voto para se reeleger”, afirmou o governador, que participou da primeira coletiva que Bruno Covas fez após iniciar o tratamento contra o câncer na região do estômago.

100.000 crianças retidas
Mais de 100.000 menores estão atualmente retidos, com seus pais ou sozinhos, pela imigração dos Estados Unidos, informou a ONU nesta segunda-feira (18). “O número total das crianças retidas é de 103.000”, declarou à AFP Manfred Nowak, autor principal do Estudo Global das Nações Unidas sobre os Menores Privados de Liberdade. Em todo o mundo, pelo menos 330.000 crianças estão detidas em 80 países por razões relacionadas à migração, de acordo com este estudo. “A detenção de menores relacionados à migração nunca deve ser considerada no interesse da criança. Sempre há outras opções”, declarou Nowak à imprensa em Genebra.

Temor de atentado
A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, cancelou nesta segunda-feira (18), uma viagem dentro do país por temer um atentado, segundo informações do governo nacional, que, no entanto, não deu detalhes, ainda à espera do desenrolar das operações contra um suposto grupo criminoso. O ministro do Governo, Arturo Murillo, disse à imprensa em La Paz que foi identificada uma quadrilha que quer atentar contra Áñez. “Tivemos que interromper sua viagem para a sua terra natal”, declarou Murillo, referindo-se à cidade de Trinidad, capital da região de Beni, que ontem comemorou 177 anos de fundação.

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