Há três semanas, com 12 candidatos, os votos brancos e nulos somaram 12,8 por cento do total, ou cerca de 900 mil votos (ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2012 às 17h38.
São Paulo - Como no primeiro turno, parte dos eleitores paulistanos preferiu neste domingo não votar em nenhum dos candidatos para comandar a maior e mais importante cidade do país, tendo os mais variados motivos para justificar essa escolha.</p>
Se há três semanas, com 12 candidatos, os votos brancos e nulos somaram 12,8 por cento do total, ou cerca de 900 mil votos, agora com apenas Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) nas urnas os eleitores poderiam ter mais motivos para alegar que nenhum candidato atendia a suas aspirações "Acho que nenhum dos dois candidatos está preparado para governar São Paulo. Cada vez mais os eleitores estão vendo que os políticos são um bando de corruptos; tem que renovar o rol de candidatos para a nossa cidade", disse o bancário Leonardo Olian, de 26 anos, que votou na região central da cidade.
Marcelo Ruiz, eleitor da zona norte, repetiu o voto nulo do primeiro pleito neste domingo. "Não deposito mais fé em nenhum desses dois políticos e nenhum desses dois partidos".
No 1º turno deste ano, a soma dos votos brancos e nulos só perderam para os primeiro três colocados da disputa. Além disso, representou um crescimento de quase dois terços do que na primeira rodada de 2008, quando esses votos somaram 7,92 por cento.
Neste domingo, apuradas 51,8 por cento das seções eleitorais, os votos brancos e nulos somavam 11,8 por cento do total.
Denis Skorkowski, de 23 anos, também votou nulo por se declarar cansado da "alternância de poder de partidos que não se importam com questões ideológicas e querem mais troca de favores". Para ele, a opção de anular ou votar em branco é positiva.
"Não significa que a sociedade não esteja engajada, mas que está cansada de fato desse descaso com o cidadão", argumentou Skorkowski.
Já Benedicto Gonçalves de Araújo, mesmo sem a obrigação de votar, por já ter 70 anos, defendeu que deixar de escolher não é uma boa escolha. "Eu voto no que eu acho melhor. Eu sempre voto no ‘menos ruim' ", afirmou, acrescentando que aconselhou sua filha jovem a não votar nulo.