Interino na presidência, Maia se reúne com deputados para discutir segurança pública (Ueslei Marcelino/Reuters)
Marcelo Ribeiro
Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 15h59.
Última atualização em 10 de janeiro de 2017 às 18h50.
Brasília - Enquanto o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) estava lançando sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados, o atual presidente da Casa Rodrigo Maia (DEM-RJ) - que ainda não formalizou sua candidatura, mas deve tentar a recondução ao cargo - estava reunido com deputados no Palácio do Planalto. Ele está na presidência interinamente, enquanto o presidente Michel Temer (PMDB) não retorna de Portugal.
Participaram da reunião Alberto Fraga (DEM-DF), Aluisio Mendes (PTN-MA), Capitão Augusto (PR-SP) e Major Rocha (PSDB-AC).
Na conversa, os parlamentares sugeriram a Maia a criação do Ministério da Segurança Pública. Eles ainda apresentaram um relatório atualizado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário.
Na próxima quarta-feira (11), às 11h30, os deputados se encontrarão com Temer para propor medidas para melhorar o sistema penitenciário brasileiro. Além dos quatro parlamentares presentes nesta terça, participarão Laudivio Carvalho (SD-MG), Deputado Éder Mauro (PSD-PA) e Cabo Sabino (PR-CE).
Na conversa, também falarão sobre a criação de órgão para cuidar da segurança pública. Os massacres nos presídios de Manaus e Roraima fortaleceram a ideia dentro do Congresso. Tanto Maia quanto Rogério Rosso (PSD-DF) - que também concorre à presidência da Câmara - simpatizam com a proposta.
Nos bastidores, Temer também vê com bons olhos a criação da pasta. Há um obstáculo: um novo Ministério geraria gastos, o que seria incoerente ao discurso de ajuste fiscal promovido pelo governo.
A EXAME.com, Fraga disse que o governo não teria gastos muito elevados para criar a pasta. De acordo com ele, o governo "pegaria a estrutura da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ) e a transformaria em um ministério".
Para o deputado do DEM, Temer deve aceitar a sugestão quando calcular que a nova pasta não pesará no bolso da União.