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Deputado Pansera nega ser "pau-mandado" de Eduardo Cunha

"Tomei como recado e como ameaça física a mim", afirmou Celso Pansera (PMDB-RJ)


	Na Câmara, Pansera divergiu de Cunha ao votar contra a redução da maioridade penal. Sobre casamento gay, diz que "as pessoas têm o direito de fazer sua opção"
 (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Na Câmara, Pansera divergiu de Cunha ao votar contra a redução da maioridade penal. Sobre casamento gay, diz que "as pessoas têm o direito de fazer sua opção" (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2015 às 08h40.

Rio - O deputado federal Celso Pansera (PMDB-RJ), apontado por Alberto Youssef como "pau-mandado" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que o vazamento do depoimento do doleiro é uma tentativa de intimidá-lo e interferir nos trabalhos da CPI. "Tomei como recado e como ameaça física a mim", afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), sua base eleitoral.

"Eu me senti intimidado. Não tem sentido, um cara com o poderio que ele tem, se sentir intimidado por ação de um parlamentar. Ele tentou interferir no trabalho da CPI, como quem diz: 'cuidado, sei quem é você'. Pau-mandado é expressão chula, desagradável. Típica de submundo mesmo."

Nascido em São Valentim (RS), Pansera é um dos seis filhos de agricultores. Aos 26 anos, mudou-se para o Rio. Foi filiado ao PT, que deixou em 1992 para aderir ao grupo que fundou o PSTU. Pansera é dono de um restaurante em Caxias, o Barganha. "Achei o nome no dicionário. É um self-service." Também dá aulas voluntárias de Português para carentes.

Quando o PSTU ganhou a direção do Sindicato dos Bancários em Caxias, do qual foi assessor, passou a militar na Baixada. Em 1998, trabalhou para a reeleição do então deputado federal do PSB Alexandre Cardoso, hoje prefeito da cidade. "Essa proximidade era incômoda. Isso abriu um fosso do ponto de vista ideológico e programático que acabou com a saída dele do PSTU", disse Cyro Garcia, presidente do PSTU-RJ.

Cardoso e Pansera deixaram o PSB quando Eduardo Campos lançou-se candidato a presidente, e Pansera aderiu ao PMDB de Cunha. "A relação de Celso com Cunha nunca foi subalterna. Ele é um estrategista, que sempre pautou pela atuação na esquerda e defende a permanência no governo Dilma Rousseff", disse o padrinho político.

No PMDB desde 2013, foi eleito com 58.534 votos - a primeira vez que se candidatou. A campanha arrecadou R$ 1,2 milhão. Declarou à Justiça Eleitoral ter R$ 575 mil em bens - o bar, um carro Sorento e um apartamento.

Na Câmara, Pansera divergiu de Cunha ao votar contra a redução da maioridade penal. Sobre casamento gay, diz que "as pessoas têm o direito de fazer sua opção". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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