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Depois da Copa, CBF volta a ser alvo de CPI na Câmara

A comissão apuraria supostas irregularidades em contratos da CBF com seus patrocinadores e se estenderia aos gastos com a organização do Mundial

Romário: nos últimos meses, ele liderou críticas e denúncias contra a CBF (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2014 às 08h55.

Rio - A eliminação do Brasil vai reacender a tentativa de parlamentares de criar uma CPI para investigar a CBF . Em 2011, o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) até conseguiu o número de assinaturas para formalizar o pedido da CPI na Câmara, mas colegas seus voltaram atrás depois de uma visita do então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a Brasília.

Em dezembro de 2012, o deputado federal Romário (PSB-RJ) recolheu, em menos de 48 horas, 188 assinaturas e protocolou o requerimento de instalação da CPI.

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Eram necessárias 171 assinaturas. Mas o pedido ficou na gaveta do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN). Ele disse haver outras solicitações de CPIs na fila, por isso não estabeleceu prazo para a instalação da comissão que apuraria supostas irregularidades em contratos da CBF com seus patrocinadores e se estenderia aos gastos com a organização do Mundial.

Alves seguiu orientação do governo federal, temeroso de que uma CPI um ano antes da Copa poderia trazer prejuízos à imagem do País e da organização do evento.

A CBF entrou em campo em 2013 para refazer a sua "bancada da bola" e agiu nos bastidores para brecar o pedido de Romário.

Um dos líderes do movimento pró-CBF foi o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), vice-presidente da FPF e amigo e sócio de Marco Polo Del Nero, presidente eleito da CBF, que tomará posse em abril de 2015.

Nos últimos meses, Romário liderou críticas e denúncias contra os dirigentes da CBF. Envolveu o ex-presidente Ricardo Teixeira, o atual, José Maria Marin, e Del Nero. Chegou a chamá-los publicamente de "ladrões". Mas o ex-jogador diminuiu o tom em maio - pegou carona na Copa e foi protagonista de uma peça publicitária associada ao Mundial.

Disse que torceria para o Brasil ser campeão, passou a fazer mais análises sobre o time de Luiz Felipe Scolari e de outras seleções. No entanto, não deixou de lado sua luta para que a CBF seja "varrida e passada a limpo". E ressaltou que voltaria ao assunto ao fim da Copa.

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