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Denúncia contra Temer será votada até dia 23 de outubro, diz Maia

O presidente foi denunciado novamente pela PGR - desta vez, por organização criminosa e obstrução de Justiça

Michel Temer: o presidente é acusado de ser o chefe do "quadrilhão" do PMDB (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: o presidente é acusado de ser o chefe do "quadrilhão" do PMDB (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de setembro de 2017 às 15h40.

Última atualização em 28 de setembro de 2017 às 19h30.

Brasília - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 28, que a votação no plenário da denúncia contra o presidente Michel Temer acontecerá até o dia 23.

"Até o dia 22, 23, ela vai estar votada, com certeza", afirmou, na saída de uma reunião que teve com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia.

A tramitação da denúncia contra Temer será feita com a dos chefes da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, de acordo com o que foi decidido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O presidente, Padilha e Franco são alguns dos denunciados por participar de suposta organização criminosa que incluiria outros peemedebistas - Eduardo Cunha (RJ), Henrique Eduardo Alves (RN), Geddel Vieira Lima (BA) e Rodrigo Rocha Loures (PA).

Temer foi acusado também de obstrução de Justiça. A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que ele incentivou o empresário Joesley Batista, do Grupo J&F, a pagar para calar o doleiro Lúcio Funaro - que, posteriormente, fez delação e admitiu operar propinas para o grupo do partido na Câmara.

Também nesta quinta-feira, o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), admitiu que a votação da denúncia na comissão pode ocorrer após o feriado prolongado do Dia de Nossa Senhora Aparecida, 12.

"Isso vai depender muito da defesa apresentada. Esse tempo é variável. Acredito que, logo após o feriado, podemos encerrar essa questão na CCJ", afirmou.

Pacheco também deixou em aberto a possibilidade de indicar ainda nesta quinta o relator do pedido da PGR. O presidente da CCJ revelou que fez apenas sondagens e negou convites formais até o momento. Pacheco admitiu dificuldades em escolher o relator.

"As dificuldades atuais são especialmente em relação à posição dos partidos que não desejam a indicação de seus quadros, mas tenho abstraído essa questão", declarou.

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