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Delegados são denunciados pelo sumiço de armas do Deic

Foram denunciados sete policiais e um informante policial por causa do escândalo do sumiço de 82 armas do Grupo Armado de Roubos e Assaltos

Armas: as armas teriam parado nas mãos do crime organizado (David Mcnew/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 08h36.

São Paulo - O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou sete policiais e um informante policial por causa do escândalo do sumiço de 82 armas do Grupo Armado de Roubos e Assaltos (Garra), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Entre os acusados estão os delegados Paulo Sérgio Pilz, ex-chefe da Divisão de Operações Especiais (DOE), e Artur José Dilan, ex-supervisor do Garra. Pilz é acusado de falsidade ideológica e prevaricação. Dilan foi denunciado por formação de quadrilha e peculato.

Além deles, foram acusados de falsidade e prevaricação o investigador Julio Cecconi Neto e o escrivão Fernando Kawamoto.

Isso porque eles fizeram uma correição no Garra em 20 de outubro e teriam atestado que as armas desaparecidas ainda estavam no grupo, quando, segundo o MPE, parte delas já havia sido desviada pelo investigador Francisco Ricardo Correa e pelo informante Fernando Campioni. Correa está preso e Campioni, foragido. Eles negam as acusações.

Os outros acusados são os investigadores do Garra Luiz Antonio Pereira Sant’Ana e Carlos Eduardo Menezes Vidoca. Esses dois e o delegado Dilan são acusados de omissão criminosa no dever de guardar as armas.

Além disso, teriam deixado que o informante policial - que já foi processado por roubo - circulasse livremente pelo Garra.

O caso havia sido investigado pela Corregedoria da Polícia Civil, que indiciou pelo crime apenas o investigador Correa e o informante Campioni. O juiz Antonio Patiño havia decretado a prisão dos dois.

"Não se trata de banditismo solitário ou comum (...) A criminalidade está organizada. Há audácia em excesso", escreveu o juiz. As armas teriam parado nas mãos do crime organizado.

"O Estado armado fomentando a criminalidade. Triste, vexatório, vergonhoso, odioso e inadmissível."

No sábado, Dilan e Pilz foram transferidos de seus cargos para outros, assumindo postos de chefia na Inteligência Policial e no Serviço Aerotático. A decisão deixou o promotor do caso, Ludgero Francisco Sabella, indignado. Ele pediu à Justiça o afastamento dos policiais.

"Trata-se de comportamento incompreensível da cúpula da Polícia Civil, atentatório aos princípios da administração pública", escreveu o promotor. O Estado procurou os acusados no Deic e não os encontrou.

A Secretaria da Segurança informou que vai aguardar o despacho do juiz a respeito da denúncia.

Segundo a secretaria, foi aberta uma apuração preliminar para averiguar se existiu negligência na custódia das armas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Entre os acusados estão os delegados Paulo Sérgio Pilz, ex-chefe da Divisão de Operações Especiais (DOE), e Artur José Dilan, ex-supervisor do Garra. Pilz é acusado de falsidade ideológica e prevaricação. Dilan foi denunciado por formação de quadrilha e peculato.

Além deles, foram acusados de falsidade e prevaricação o investigador Julio Cecconi Neto e o escrivão Fernando Kawamoto.

Isso porque eles fizeram uma correição no Garra em 20 de outubro e teriam atestado que as armas desaparecidas ainda estavam no grupo, quando, segundo o MPE, parte delas já havia sido desviada pelo investigador Francisco Ricardo Correa e pelo informante Fernando Campioni. Correa está preso e Campioni, foragido. Eles negam as acusações.

Os outros acusados são os investigadores do Garra Luiz Antonio Pereira Sant’Ana e Carlos Eduardo Menezes Vidoca. Esses dois e o delegado Dilan são acusados de omissão criminosa no dever de guardar as armas.

Além disso, teriam deixado que o informante policial - que já foi processado por roubo - circulasse livremente pelo Garra.

O caso havia sido investigado pela Corregedoria da Polícia Civil, que indiciou pelo crime apenas o investigador Correa e o informante Campioni. O juiz Antonio Patiño havia decretado a prisão dos dois.

"Não se trata de banditismo solitário ou comum (...) A criminalidade está organizada. Há audácia em excesso", escreveu o juiz. As armas teriam parado nas mãos do crime organizado.

"O Estado armado fomentando a criminalidade. Triste, vexatório, vergonhoso, odioso e inadmissível."

No sábado, Dilan e Pilz foram transferidos de seus cargos para outros, assumindo postos de chefia na Inteligência Policial e no Serviço Aerotático. A decisão deixou o promotor do caso, Ludgero Francisco Sabella, indignado. Ele pediu à Justiça o afastamento dos policiais.

"Trata-se de comportamento incompreensível da cúpula da Polícia Civil, atentatório aos princípios da administração pública", escreveu o promotor. O Estado procurou os acusados no Deic e não os encontrou.

A Secretaria da Segurança informou que vai aguardar o despacho do juiz a respeito da denúncia.

Segundo a secretaria, foi aberta uma apuração preliminar para averiguar se existiu negligência na custódia das armas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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