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Delator Lúcio Funaro relata ao STF invasão em sua casa

A defesa do delator relata que a tentativa de invasão, que aconteceu no domingo (10), se deu por meio do imóvel vizinho, propriedade de Joesley Batista

Funaro: o delator assinou um acordo de colaboração premiada com a PGR em agosto (Alexandre Schneider/VEJA)

Funaro: o delator assinou um acordo de colaboração premiada com a PGR em agosto (Alexandre Schneider/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de setembro de 2017 às 20h30.

Última atualização em 12 de setembro de 2017 às 20h31.

Brasília - A defesa do corretor e delator Lúcio Bolonha Funaro protocolou petição no Supremo Tribunal Federal (STF) na qual informa que sua residência em São Paulo (SP) foi invadida no domingo, 10.

No documento enviado ao STF, o advogado do corretor, Bruno Espiñeira, afirma que a esposa de Funaro, Raquel Pitta, e sua filha moram na casa e que a tentativa de invasão se deu por meio do imóvel vizinho, de propriedade do empresário Joesley Batista.

"Durante a invasão, os (três) indivíduos atingiram a varanda dos quartos da residência e, ao serem vistos, fugiram sem levar nada", afirma a defesa do delator.

Funaro assinou um acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-geral da República no último dia 22 de agosto.

A delação foi homologada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, no dia 5 de setembro. Parte do seu acordo foi utilizada pela Polícia Federal no relatório final sobre o "quadrilhão" do PMDB da Câmara dos Deputados.

"Ainda que tais fatos não estejam, em princípio, diretamente relacionados ao acordo de colaboração, ou seja, mesmo ante à inicial ausência de elementos comprobatórios para afirmar que a situação consistiu em intimidação, esta defesa, prudentemente em atenção ao requerido artigo da lei que rege a colaboração premiada, requer o encaminhamento da presente petição, do documento que a instrui e do vídeo do sistema interno de vigilância da residência à Polícia Federal", diz trecho da petição.

Apontado como integrante do núcleo operacional/financeiro do PMDB da Câmara, Funaro detalhou aos investigadores como intermediava a coleta e distribuição de propina para políticos do grupo do presidente Michel Temer. No pedido entregue ao STF, a defesa do delator pede que sejam tomadas providências para garantir sua segurança.

"Protesta-se, desta forma, pela tomada das providências pertinentes e pela garantia dos direitos e da segurança do colaborador Funaro e de sua família, caso seja constatado que tal incidente teve relação com seu acordo", conclui.

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