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Definição sobre Renda Cidadã fica para depois das eleições, diz relator

Marcio Bittar, relator da PEC do Pacto Federativo, também disse acreditar que o novo programa social ainda sairá do papel até o final do ano

App do auxílio emergencial: objetivo do governo é substituir parcialmente o auxílio com o Renda Cidadã (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

App do auxílio emergencial: objetivo do governo é substituir parcialmente o auxílio com o Renda Cidadã (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

CA

Carla Aranha

Publicado em 8 de outubro de 2020 às 14h25.

Última atualização em 8 de outubro de 2020 às 15h06.

O senador Marcio Bittar (MDB-AM) confirmou nesta quinta-feira, 8, que a definição sobre as fontes de financiamento do programa Renda Cidadã e seu parecer em relação ao tema serão concluídos só depois das eleições municipais, em novembro.

“A partir de janeiro, se não criarmos o novo programa social milhões de brasileiros não terão como se alimentar”, afirmou. Um dos objetivos do programa é substituir o auxílio emergencial, que foi prorrogado no valor de 300 reais até dezembro.

“A proposta de corte de despesas para financiar o programa tem de ser fonte de consenso, não adianta eu criar sozinho porque não anda sozinho, não aprova”, disse. O governo havia anunciado que usaria precatórios e recursos do Fundeb, fundo de educação básica, para financiar o Renda Cidadã, mas voltou atrás em meio à receptividade negativa da proposta.

Bittar, que é relator da PEC do Pacto Federativo, frisou que muitos congressistas estão envolvidos com as eleições municipais, e, por isso, é melhor deixar a discussão para depois da escolha dos prefeitos.

O senador disse que é “melhor esperar mais um pouco” para a realização de uma discussão mais ampla sobre o assunto.

“Pensando assim, acho que estou dando uma contribuição para que antes de terminar o ano seja possível criar um programa para dizer a 8 milhões de pessoas que elas fiquem tranquilas no 31 de dezembro porque o Estado não vai virar as costas a elas”, disse.

A notícia correu pelo mercado, que já apresentava sinais de estresse devido à preocupação com o aumento da dívida pública e à manutenção do teto de gastos.

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