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Defesas vão recorrer para dividir Lava Jato

Pelo menos, dez frentes de apuração podem ser espalhadas para outros Estados

Polícia Federal em Curitiba: pelo menos, dez frentes de apuração podem ser espalhadas para outros Estados (André Richter/ABr)
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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2015 às 09h40.

São Paulo, Curitiba e Nova York - Advogados de defesa de investigados pela força-tarefa da Operação Lava Jato preparam pedidos de desmembramento de processos para que investigações de seus clientes saiam das mãos do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações em primeira instância, no Paraná.

Pelo menos, dez frentes de apuração podem ser espalhadas para outros Estados.

O movimento ocorre após decisão do Supremo Tribunal Federal de fatiar inquérito que apura suspeita de pagamento de propina envolvendo a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o Ministério do Planejamento e o ex-vereador petista Alexandre Romano.

Os ministros da Corte entenderam não se tratar de caso conexo com o esquema de cartel e corrupção na Petrobras.

Procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal consideram que cada processo tem sua peculiaridade quando questionados sobre repercussão da decisão da Corte.

Em Nova York, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, reconheceu que a decisão foi uma "derrota". "É claro que a investigação acaba sofrendo com a sua divisão", disse.

"Temos que nos aprender a nos reinventar. Devemos nos adaptar à realidade. A decisão do Supremo está colocada, nós respeitamos, embora discordemos."

Dallagnol está nos Estados Unidos com outros procuradores da operação. "Vamos lutar e trabalhar arduamente para que não haja grandes perdas. Pelo contrário, para que consigamos agregar a partir dessa derrota que nós tivemos no Supremo."

Processos em fase final, como o que apurou lavagem de dinheiro em acordo que seria fechado entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-deputado federal André Vargas, é incerto que saiam das mãos de Moro.

Há ainda investigações sobre outros setores, como os contratos de publicidade, os casos dos fundos de pensão, outras frentes que ainda sequer entraram como foco de prioridade das apurações.

Exemplo

"A decisão do STF vem na mesma linha daquilo que já vínhamos sustentando", disse o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e outros políticos.

Kakay conseguiu levar para o Maranhão a investigação que cita Roseana.

"Foi a primeira decisão no sentido de que a competência tinha que ser deslocada para o Maranhão porque o episódio não tem nenhuma ligação com a Lava Jato."

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Pelo menos, dez frentes de apuração podem ser espalhadas para outros Estados.

O movimento ocorre após decisão do Supremo Tribunal Federal de fatiar inquérito que apura suspeita de pagamento de propina envolvendo a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o Ministério do Planejamento e o ex-vereador petista Alexandre Romano.

Os ministros da Corte entenderam não se tratar de caso conexo com o esquema de cartel e corrupção na Petrobras.

Procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal consideram que cada processo tem sua peculiaridade quando questionados sobre repercussão da decisão da Corte.

Em Nova York, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, reconheceu que a decisão foi uma "derrota". "É claro que a investigação acaba sofrendo com a sua divisão", disse.

"Temos que nos aprender a nos reinventar. Devemos nos adaptar à realidade. A decisão do Supremo está colocada, nós respeitamos, embora discordemos."

Dallagnol está nos Estados Unidos com outros procuradores da operação. "Vamos lutar e trabalhar arduamente para que não haja grandes perdas. Pelo contrário, para que consigamos agregar a partir dessa derrota que nós tivemos no Supremo."

Processos em fase final, como o que apurou lavagem de dinheiro em acordo que seria fechado entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-deputado federal André Vargas, é incerto que saiam das mãos de Moro.

Há ainda investigações sobre outros setores, como os contratos de publicidade, os casos dos fundos de pensão, outras frentes que ainda sequer entraram como foco de prioridade das apurações.

Exemplo

"A decisão do STF vem na mesma linha daquilo que já vínhamos sustentando", disse o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e outros políticos.

Kakay conseguiu levar para o Maranhão a investigação que cita Roseana.

"Foi a primeira decisão no sentido de que a competência tinha que ser deslocada para o Maranhão porque o episódio não tem nenhuma ligação com a Lava Jato."

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