Defesa sabia da ação, mas fato não chegou a Amorim
A fuga da Bolívia do senador de oposição Roger Pinto foi comunicada aos escalões superiores das Forças Armadas e do Ministério da Defesa
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2013 às 06h28.
Brasília - A operação diplomático-militar que conduziu a fuga da Bolívia do senador de oposição Roger Pinto foi comunicada aos escalões superiores das Forças Armadas e do Ministério da Defesa no Brasil. O ministro Celso Amorim , porém, comunicou ao Palácio do Planalto que também foi surpreendido pela ação, a exemplo de Antonio Patriota, demitido ontem do Ministério das Relações Exteriores.
Apesar de o ministro da Defesa não ter sido informado do que estava acontecendo e, por tradição os militares nas embaixadas serem subordinados aos diplomatas, por doutrina, eles costumam informar aos seus superiores hierárquicos da cadeia de comando o que sabem e o que veem e entendem que deva ser reportado. E assim foi feito.
Os dois fuzileiros navais, que foram destacados para a operação de transporte do senador para a fronteira, assim como os adidos militares que trabalham na embaixada em La Paz, informaram aos seus superiores hierárquicos no Brasil da movimentação em curso. A informação chegou ao comando das Forças, segundo apurou o Estado. Mas os adidos foram orientados a não tomar nenhuma iniciativa.
Questionado pelo Estado, o Comando da Marinha não respondeu se foi informado da operação em curso. Limitou-se a "esclarecer" que "os referidos militares integram o Destacamento de Segurança da Embaixada (DstSEB) do Brasil em La Paz.
"Explicou ainda que os destacamento têm "a finalidade de prover a segurança pessoal dos chefes de missões, dos funcionários diplomáticos e administrativos, da residência oficial e da chancelaria das embaixadas brasileiras".
Por fim, acrescentou que "nesse contexto, cabe ressaltar que a participação dos militares da MB limitou-se, exclusivamente, ao provimento da segurança individual de um Diplomata brasileiro, durante o seu deslocamento rodoviário".
O chefe do Estado-Maior da Defesa, general José Carlos de Nardi, por sua vez, disse que não foi informado pelo adido de Defesa da embaixada na Bolívia, hierarquicamente a ele subordinado, de que seria realizada a operação de transferência do senador. Mesmo com a negativa do Ministério da Defesa, a notícia de que havia uma preparação chegou aos respectivos comandos das forças.
Brasília - A operação diplomático-militar que conduziu a fuga da Bolívia do senador de oposição Roger Pinto foi comunicada aos escalões superiores das Forças Armadas e do Ministério da Defesa no Brasil. O ministro Celso Amorim , porém, comunicou ao Palácio do Planalto que também foi surpreendido pela ação, a exemplo de Antonio Patriota, demitido ontem do Ministério das Relações Exteriores.
Apesar de o ministro da Defesa não ter sido informado do que estava acontecendo e, por tradição os militares nas embaixadas serem subordinados aos diplomatas, por doutrina, eles costumam informar aos seus superiores hierárquicos da cadeia de comando o que sabem e o que veem e entendem que deva ser reportado. E assim foi feito.
Os dois fuzileiros navais, que foram destacados para a operação de transporte do senador para a fronteira, assim como os adidos militares que trabalham na embaixada em La Paz, informaram aos seus superiores hierárquicos no Brasil da movimentação em curso. A informação chegou ao comando das Forças, segundo apurou o Estado. Mas os adidos foram orientados a não tomar nenhuma iniciativa.
Questionado pelo Estado, o Comando da Marinha não respondeu se foi informado da operação em curso. Limitou-se a "esclarecer" que "os referidos militares integram o Destacamento de Segurança da Embaixada (DstSEB) do Brasil em La Paz.
"Explicou ainda que os destacamento têm "a finalidade de prover a segurança pessoal dos chefes de missões, dos funcionários diplomáticos e administrativos, da residência oficial e da chancelaria das embaixadas brasileiras".
Por fim, acrescentou que "nesse contexto, cabe ressaltar que a participação dos militares da MB limitou-se, exclusivamente, ao provimento da segurança individual de um Diplomata brasileiro, durante o seu deslocamento rodoviário".
O chefe do Estado-Maior da Defesa, general José Carlos de Nardi, por sua vez, disse que não foi informado pelo adido de Defesa da embaixada na Bolívia, hierarquicamente a ele subordinado, de que seria realizada a operação de transferência do senador. Mesmo com a negativa do Ministério da Defesa, a notícia de que havia uma preparação chegou aos respectivos comandos das forças.