Wesley cumpre prisão preventiva na sede da PF em São Paulo, enquanto Joesley está preso em Brasília (Leonardo Benassatto/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 14 de setembro de 2017 às 13h23.
Última atualização em 14 de setembro de 2017 às 13h24.
A defesa dos empresários Joesley e Wesley Batista, controladores do grupo J&F, apresentou ao Tribunal Regional Federal (TRF) de São Paulo pedido de habeas corpus para os dois irmãos. O advogado Pierpaolo Bottini alega que a prisão de ambos é ilegal.
Segundo Bottini, a prisão é irregular porque a liberdade dos dois não coloca em risco as apurações da Polícia Federal (PF) sobre a prática de crime contra o sistema financeiro.
PF investiga o uso de informação privilegiada pelo grupo para negociar dólares e ações dias antes da divulgação da delação premiada que envolvia o presidente Michel Temer.
O grupo J&F teria comprado US$ 1 bilhão e vendido R$ 327 milhões em ações da JBS, enquanto a dupla negociava acordo com a Procuradoria-Geral da República.
"As investigações existem e são do conhecimento dos executivos há meses, sem que jamais houvesse ato de obstrução de qualquer um deles", diz nota divulgada por Bottini.
"Ambos se apresentaram, prestaram depoimentos e entregaram os documentos requeridos. Não há indícios de que pretendam fugir", conclui o texto.
Atualmente, Wesley cumpre prisão preventiva na sede da Polícia Federal em São Paulo. Joesley está preso em Brasília, em prisão provisória, por suspeita de violação do acordo de delação premiada.