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Defesa de Dilma entrega parecer sobre contas da chapa

O parecer sustenta a tese de que não é possível separar as contas da petista e de Michel Temer no julgamento que pode cassar a chapa eleita em 2014

Chapa Dilma-Temer: o parecer diz ainda que, se ficar comprovada alguma irregularidade, os dois devem ser penalizados (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de junho de 2017 às 20h57.

Última atualização em 1 de junho de 2017 às 20h58.

A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) entregou na noite desta quinta-feira, 1, aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um parecer que sustenta a tese de que não é possível separar as contas da petista e de Michel Temer (PMDB) no julgamento que pode cassar a chapa eleita em 2014 e que será retomado pela corte no próximo dia 6.

Inicialmente previsto para ser entregue nesta sexta-feira, 2, conforme anunciado pelo advogado de Dilma, Flávio Caetano, em coletiva de imprensa, o parecer foi concluído antes e entregue aos sete ministros do TSE, em Brasília.

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O texto do documento foi elaborado pelo ex-ministro de Dilma José Eduardo Cardozo, que defendeu a petista no processo de impeachment no Congresso, e pelo auditor contabilista Cláudio Wagner.

No parecer, os autores sustentam que é "juridicamente descabida a possibilidade de julgamento separado das contas" de Dilma e de Temer porque a arrecadação feita pelos dois foi usada para a mesma campanha, que elegeu ambos.

A tese contrapõe o parecer elaborado pelo jurista Ives Gandra da Silva Martins e apresentado pela defesa do peemedebista na Corte.

O parecer diz ainda que, se ficar comprovada alguma irregularidade, os dois devem ser penalizados, mesmo que não tenham praticado diretamente o crime.

Além disso, os autores sustentam que Dilma ou Temer devem ficar inelegíveis apenas se houver "demonstração da participação do candidato nos ilícitos apurados".

Os advogados alegam, no entanto, que a chapa não cometeu irregularidades e pedem a improcedência das denúncias feitas pelo PSDB na ação. Em caso de cassação, a defesa sustenta que Dilma continue elegível para cargos públicos.

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