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Decisão do STF sobre irmã anima Aécio, afirma advogado

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal concedeu prisão domiciliar à irmã do tucano, Andrea Neves

Aécio Neves: os ministros decidiram adiar o julgamento de um pedido de prisão de Aécio feito por Janot (Marri Nogueira/Agência Senado)

Aécio Neves: os ministros decidiram adiar o julgamento de um pedido de prisão de Aécio feito por Janot (Marri Nogueira/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de junho de 2017 às 20h38.

Brasília - O criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), afirmou na noite desta terça-feira, 20, que a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder prisão domiciliar à irmã do tucano, Andrea Neves, deixou o seu cliente animado em relação ao caso relacionado a ele.

Embora também estivesse na pauta de votações, os ministros decidiram adiar o julgamento de um pedido de prisão de Aécio feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

"Eu senti ele mais animado com a soltura da irmã dele", afirmou Toron ao deixar a casa do senador, no Lago Sul de Brasília.

Além do pedido de prisão, o Supremo ainda deve julgar um recurso da defesa para que o senador possa retomar suas atividades legislativas.

"Nós temos absoluta convicção de que a imposição do afastamento das suas atividades legislativas não encontram apoio na Constituição. Então nós queremos que o mandato seja devolvido ao senador."

O advogado criticou a iniciativa do procurador de usar reuniões políticas promovidas por Aécio em sua casa como argumento para que ele seja preso.

Segundo Janot, mesmo afastado do mandato desde o dia 18 de maio, o senador continuou a exercer suas funções.

"Há uma confusão grosseira. Ele está afastado das atividades parlamentares. Leia-se: ele não pode ir ao Senado, frequentar as reuniões do plenário e das comissões e nem ir ao seu gabinete. Isso ele está cumprindo religiosamente", disse Toron.

"Não se trata de uma cassação política. Ele pode conversar com outros políticos. Ele não está como os cassados de 64 que não podiam nem sequer falar de política. A confusão que se pretende estabelecer ampliando essa medida cautelar é totalmente arbitrária e incabível."

Toron e outros advogados do senador, como José Eduardo Alckmin, se reuniram com Aécio logo após a Primeira Turma decidir adiar o julgamento sobre os casos relacionados ao senador.

"Dá um alívio grande (a decisão sobre Andrea). Ele está esperançoso de concluir tudo isso logo, inclusive restabelendo a verdade", afirmou Alckmin.

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