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Decisão de Fachin alonga indefinição sobre Lula até agosto

O ministro Edson Fachin, do STF, enviou um recurso da defesa de Lula para que o novo pedido de liberdade do petista seja analisado pelo Plenário

 (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2018 às 07h02.

Última atualização em 26 de junho de 2018 às 08h53.

É Lula que vai, é Lula que vem. Nesta segunda-feira, analistas afirmaram que a retirada do pedido de liberdade do ex-presidente da pauta do Supremo de hoje ajudou a puxar para baixo a cotação do câmbio. A moeda americana fechou o dia em queda de 0,14% no Brasil, movimento contrário ao visto no exterior, onde um renovado risco de guerra comercial entre China e Estados Unidos impulsionou o dólar nos mercados emergentes.

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O temor era que Lula pudesse ser solto e conseguisse disputar as eleições, já que segue na liderança das pesquisas de intenção de votos mesmo preso desde abril em Curitiba, onde cumpre pena de 12 anos de prisão no caso do tríplex do Guarujá.

Seguindo a lógica, a terça-feira pode ser de tensão renovada nos mercados. Na noite de ontem o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu enviar ao plenário da Corte um recurso da defesa de Lula para que o novo pedido de liberdade do petista seja analisado pelo Plenário da corte.

Com a decisão do ministro, o caso deverá ser julgado somente em agosto, após o recesso de julho na Corte. Nesta semana, o plenário fará as duas últimas sessões antes da pausa e as pautas de julgamento já foram definidas. Antes disso, a Procuradoria-Geral da República deverá enviar parecer sobre a questão.

O vaivém no Supremo pode reforçar os temores de investidores sobre as indefinições eleitorais. A nova decisão já garante que Lula se manterá na agenda eleitoral pelo menos até agosto, a dois meses das eleições.

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