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Por que Temer torceu o nariz para vitória na votação da PEC 241?

Temer queria ampliar votos para passar mensagem de controle sobre base governista

Pelo mapa de votação esboçado pelo Palácio do Planalto, a expectativa é conseguir apoio de pelo menos 58 senadores a PEC do teto (Christopher Goodney/Bloomberg/Bloomberg)

Marcelo Ribeiro

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 15h30.

Última atualização em 26 de outubro de 2016 às 15h56.

Brasília – A aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos públicos em segundo turno foi bem recebida no Palácio do Planalto, mas o fato de ter sido uma vitória mais magra do que no primeiro turno teria incomodado o presidente Michel Temer (PMDB).

O texto-base da proposta foi aprovado por 359 deputados. Por outro lado, 116 parlamentares votaram contra o texto elaborado pelo relator Darcísio Perondi (PMDB-RS). Foram apenas duas abstenções. O que mudou em relação ao primeiro turno? O apoio à PEC teve 7 votos a menos, enquanto a oposição conquistou 5 novos votos.

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Segundo auxiliares do peemedebista, a intenção dele era ampliar a margem de votos favoráveis à PEC do teto de gastos públicos para passar a mensagem de que o governo tem total controle sobre a base aliada.

Mas qual era a preocupação do governo em aprovar a matéria com margem expressiva? O próximo passo é emplacar a reforma da Previdência, considerada essencial para dar fôlego a economia.

Como a pauta é ainda mais polêmica que a PEC do teto, o governo queria manter a margem que conseguiu no primeiro turno. De acordo com auxiliares de Temer, isso representaria um aceno ao mercado de que o “o governo está no caminho certo”.

Antes da votação, o governo esperava conseguir pelo menos 370 votos a favor da proposta que limita gastos públicos. O próprio ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS) oficializou a aposta.

Mesmo sem conseguir ampliar a margem, Temer mantém seu cronograma de encontros com senadores para falar sobre a proposta. Mais tarde, o presidente ia oferecer um jantar aos parlamentares no Palácio do Alvorada. A ausência de grande parte dos senadores da capital federal fez com que o Planalto adiasse o encontro para a próxima semana. Pelo mapa de votação esboçado pelo Palácio do Planalto, a expectativa é conseguir apoio de pelo menos 58 senadores.

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