De maconha a pedágio: entenda as polêmicas de Soninha
A candidata do PPS foi sabatinada hoje pela Folha/UOL e explicou algumas de suas propostas e defesas mais polêmicas
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2012 às 15h45.
São Paulo – Soninha Francine participou hoje da sabatina Folha/UOL e, como é de costume da candidata, não deixou de responder às perguntas por vezes polêmicas dos entrevistadores.
Logo no começo da sabatina, já afirmou que sua primeira medida como prefeita será verde: “Quero ‘desimpermeabilizar’ o maior número possível de espaços públicos, criar praças e áreas verdes”. Para quem está na fila do SUS, isso pode parecer bobagem, mas a candidata se explica: “Essa seria a medida imediata, fácil de implementar. Outras questões não são resolvidas tão facilmente. E essa medida imediatamente produz um resultado prático e um resultado simbólico importantes”, disse.
O assunto das drogas (Soninha criou polêmica ao afirmar em entrevista que era usuária de maconha) não deixou de ser abordado e a candidata voltou a defender não só a descriminalização, mas a legalização da maconha. “Eu não fumo mais maconha por questões religiosas (a candidata é budista), mas os meus motivos podem não funcionar para outras pessoas, elas não vão deixar de fumar. E hoje é o crime que tem o monopólio dessa comercialização”, afirmou.
Outra grande polêmica abordada no debate foi a questão do trânsito em São Paulo. A candidata, apesar de se dizer a favor do pedágio urbano, disse que não iria impor o sistema sem antes consultar a população: “Eu faria um plebiscito. Vocês preferem rodízio ampliado ou pedágio urbano? Se as pessoas optarem por nenhuma das anteriores, eu dificultaria o uso do carro em São Paulo, diminuindo espaços de estacionamento, por exemplo”.
Em contrapartida, ela defendeu a melhoria do sistema público de transporte - especialmente os corredores de ônibus. Ainda sugeriu que fossem criados estacionamentos "integrados ao metrô e aos terminais de ônibus". "O ideal é facilitar a integração e tirar o carro do centro da cidade, onde já existem muitas estações de metrô", falou.
Quando questionada sobre corrupção , Soninha afirmou que tanto como vereadora quanto como subprefeita ela presenciou momentos em que a burocracia e a política foram usadas para obter privilégios. Em outras palavras, ela viu cargos políticos e favores sendo trocados por votos, por exemplo. E para resolver a corrupção? “Eu vou ter faca no dente e sangue nos olhos. Está faltando firmeza na administração de São Paulo”, disse.
Confira os melhores momentos da sabatina:
“- Qual o propósito da sua candidatura, além de tirar votos de partidos progressistas e favorecer o Serra?”
Soninha: “ É ser prefeita. ”
“- Você não tem tamanho de prefeita. ”
Soninha: “ Segundo quem? ”
“- Vamos ser sérios aqui, você não vai se eleger... ”
Soninha: “Vou, sim. Vou. Com tudo contra e sem a mídia espontânea só tem dois caras na minha frente. E se eu não for eleita, vou morrer tentando. ”
“- Dá para comprar vereador? ”
Soninha: “ Claro que dá. Nunca vi o pior caso, que seria compra com dinheiro, mas já vi com cargos, por exemplo. ”
“- Pode dar nomes? ”
Soninha: “ Não. ”
Soninha: “É preciso escalonar ou restringir a circulação de carros. No centro, por exemplo, não cabe, não dá e não precisa tanto carro. O pedágio é uma das alternativas para coibir o uso supérfluo do carro, que é como álcool ou outras drogas: acaba sendo abusivo, indevido e intensivo. ”
Soninha: “ Eu defendo a legalização da maconha. ”
“- Mas com venda controlada? ”
Soninha: “ Não, legalização total, mesmo. ”
“- Mas aí seria vendido em bares? Assim como cerveja? ”
Soninha: “ Sim, também. Bares já vendem tantas drogas. Seria como vender cerveja, vodka, cigarro, pinga... ”
São Paulo – Soninha Francine participou hoje da sabatina Folha/UOL e, como é de costume da candidata, não deixou de responder às perguntas por vezes polêmicas dos entrevistadores.
Logo no começo da sabatina, já afirmou que sua primeira medida como prefeita será verde: “Quero ‘desimpermeabilizar’ o maior número possível de espaços públicos, criar praças e áreas verdes”. Para quem está na fila do SUS, isso pode parecer bobagem, mas a candidata se explica: “Essa seria a medida imediata, fácil de implementar. Outras questões não são resolvidas tão facilmente. E essa medida imediatamente produz um resultado prático e um resultado simbólico importantes”, disse.
O assunto das drogas (Soninha criou polêmica ao afirmar em entrevista que era usuária de maconha) não deixou de ser abordado e a candidata voltou a defender não só a descriminalização, mas a legalização da maconha. “Eu não fumo mais maconha por questões religiosas (a candidata é budista), mas os meus motivos podem não funcionar para outras pessoas, elas não vão deixar de fumar. E hoje é o crime que tem o monopólio dessa comercialização”, afirmou.
Outra grande polêmica abordada no debate foi a questão do trânsito em São Paulo. A candidata, apesar de se dizer a favor do pedágio urbano, disse que não iria impor o sistema sem antes consultar a população: “Eu faria um plebiscito. Vocês preferem rodízio ampliado ou pedágio urbano? Se as pessoas optarem por nenhuma das anteriores, eu dificultaria o uso do carro em São Paulo, diminuindo espaços de estacionamento, por exemplo”.
Em contrapartida, ela defendeu a melhoria do sistema público de transporte - especialmente os corredores de ônibus. Ainda sugeriu que fossem criados estacionamentos "integrados ao metrô e aos terminais de ônibus". "O ideal é facilitar a integração e tirar o carro do centro da cidade, onde já existem muitas estações de metrô", falou.
Quando questionada sobre corrupção , Soninha afirmou que tanto como vereadora quanto como subprefeita ela presenciou momentos em que a burocracia e a política foram usadas para obter privilégios. Em outras palavras, ela viu cargos políticos e favores sendo trocados por votos, por exemplo. E para resolver a corrupção? “Eu vou ter faca no dente e sangue nos olhos. Está faltando firmeza na administração de São Paulo”, disse.
Confira os melhores momentos da sabatina:
“- Qual o propósito da sua candidatura, além de tirar votos de partidos progressistas e favorecer o Serra?”
Soninha: “ É ser prefeita. ”
“- Você não tem tamanho de prefeita. ”
Soninha: “ Segundo quem? ”
“- Vamos ser sérios aqui, você não vai se eleger... ”
Soninha: “Vou, sim. Vou. Com tudo contra e sem a mídia espontânea só tem dois caras na minha frente. E se eu não for eleita, vou morrer tentando. ”
“- Dá para comprar vereador? ”
Soninha: “ Claro que dá. Nunca vi o pior caso, que seria compra com dinheiro, mas já vi com cargos, por exemplo. ”
“- Pode dar nomes? ”
Soninha: “ Não. ”
Soninha: “É preciso escalonar ou restringir a circulação de carros. No centro, por exemplo, não cabe, não dá e não precisa tanto carro. O pedágio é uma das alternativas para coibir o uso supérfluo do carro, que é como álcool ou outras drogas: acaba sendo abusivo, indevido e intensivo. ”
Soninha: “ Eu defendo a legalização da maconha. ”
“- Mas com venda controlada? ”
Soninha: “ Não, legalização total, mesmo. ”
“- Mas aí seria vendido em bares? Assim como cerveja? ”
Soninha: “ Sim, também. Bares já vendem tantas drogas. Seria como vender cerveja, vodka, cigarro, pinga... ”