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Datafolha indica fim de onda Marina, avalia economista

O empate técnico entre a ex-senadora e Dilma no segundo turno mostra que a disputa tende a ser mais acirrada a partir deste momento, segundo analista


	Marina: a notícia não deve resultar em grandes oscilações nos preços dos ativos financeiros
 (Reuters/Paulo Whitaker)

Marina: a notícia não deve resultar em grandes oscilações nos preços dos ativos financeiros (Reuters/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 21h22.

São Paulo - O novo cenário eleitoral desenhado pela pesquisa Datafolha divulgada há pouco, de empate técnico entre Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, mostra que a disputa tende a ser mais acirrada a partir deste momento, avaliou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.

Para ele, no entanto, a notícia não deve resultar em grandes oscilações nos preços dos ativos financeiros. Isso porque os mercados já avaliavam os rumores de um acirramento na disputa.

"Alguns ativos já realizaram fortemente nos últimos dias", lembrou. O Ibovespa, por exemplo, acumula seis pregões consecutivos de queda, com perdas de 5,97%.

Perfeito acrescentou que a "onda Marina" passou. Agora, a perspectiva de alternância de poder não está mais tão clara. Os números da pesquisa Datafolha mostraram Dilma Rousseff com 36% das intenções de voto no primeiro turno, Marina Silva com 33% e Aécio com 15%.

A diferença entre as duas candidatas aumentou de um ponto porcentual para três pontos porcentuais na comparação com a pesquisa anterior.

No segundo turno, a liderança de Marina caiu e agora o cenário é de empate técnico, no limite da margem de erro: Marina oscilou dois pontos para baixo, ficando com 47%, e Dilma oscilou dois pontos para cima, chegando a 43%.

O economista-chefe da Gradual também alertou que, independente desse movimento, o mercado também está em um momento de entender melhor as propostas de Marina. "O mercado tende a olhar de modo mais crítico", afirmou.

Nesse contexto, ele informou ter participado, na semana passada, de uma reunião com Walter Feldman, um dos coordenadores do PSB, e citou que outras casas também estão se reunindo com Feldman para avaliar melhor as propostas.

Perfeito comentou que os fatores externos também pesam sobre o Ibovespa e lembrou que na próxima semana há a reunião de política monetária nos EUA.

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