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Da embaixada do Brasil, boliviano ainda espera salvo-conduto

O senador alega sofrer perseguição política e correr risco de vida


	O senador boliviano opositor de Evo Morales, Roger Pinto: segundo relatos, Molina passa o dia lendo jornais, falando com a família no celular e recebendo políticos da sua legenda
 (©AFP / Jorge Bernal)

O senador boliviano opositor de Evo Morales, Roger Pinto: segundo relatos, Molina passa o dia lendo jornais, falando com a família no celular e recebendo políticos da sua legenda (©AFP / Jorge Bernal)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2012 às 14h14.

Brasília – Depois de 76 dias abrigado na Embaixada do Brasil em La Paz, o senador boliviano que faz oposição ao governo, Roger Pinto Molina, ainda aguarda o salvo-conduto para poder deixar o país. O Ministério das Relações Exteriores confirmou hoje (13) que Molina ainda está na representação diplomática. O asilo político foi concedido no começo de junho, mas não há previsão de quando ele deixará a embaixada.

O senador alega sofrer perseguição política e correr risco de vida. O governo do Brasil concedeu o asilo político ao parlamentar em 8 de junho, mas as autoridades da Bolívia ainda não emitiram um salvo-conduto para que o senador, que era líder da bancada de oposição ao governo de Evo Morales, pudesse deixar o local e se dirigir ao aeroporto. Ele pediu abrigo na embaixada no dia 28 de maio.

Na embaixada, ele vive em um quarto improvisado. Segundo relatos, Molina passa o dia lendo jornais, falando com a família no celular e recebendo políticos da sua legenda, a Convergência Nacional. As autoridades bolivianas acusaram o parlamentar de, no passado, obstruir investigações da Justiça.

Autoridades do governo do presidente Evo Morales, como o vice-presidente Álvaro García Linera, disseram à imprensa local que o senador procurou abrigo na embaixada brasileira porque "tem 20 processos na Justiça".

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