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Fraudes no Bolsa Família passam de 1,3 bilhão de reais e Alckmin rebateu as críticas de FHC. Veja essas e outras notícias

MACRON: presidente francês anuncia lei contra fake news  (Charles Platiau/Reuters)

MACRON: presidente francês anuncia lei contra fake news (Charles Platiau/Reuters)

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EXAME Hoje

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 07h22.

Fraudes no Bolsa Família passam de 1,3 bilhão

O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) identificou 345.906 famílias “com fortes indícios de terem falseado a declaração da informação de renda” no cadastro do programa Bolsa Família. De acordo com a pasta, há pagamentos indevidos de até 1,3 bilhão de reais em um período de dois anos. Os dados fazem parte de uma avaliação da atuação do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para o aprimoramento dos controles do programa. A auditoria da CGU verificou a confiabilidade dos resultados do cruzamento das bases de dados oficiais com os valores de renda declarados pelos beneficiários no Cadastro Único, para identificar indícios de pagamentos indevidos e avaliar as providências adotadas pelo órgão para as inconsistências. O Bolsa Família atende, de acordo com a CGU, 13,5 milhões de famílias com renda de até 170 reais por pessoa que têm em sua composição crianças ou adolescentes até 17 anos.

Alckmin rebate críticas de FHC

Governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin disse nesta quinta-feira que o candidato tucano ao Palácio do Planalto na eleição deste ano “deve unir o país” e que o PSDB será “protagonista” nessa união. As declarações foram dadas dois dias depois da entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao jornal O Estado de S. Paulo, na qual FHC reconhece que os tucanos podem apoiar outro nome na disputa caso Alckmin não consiga unir partidos de centro. Geraldo Alckmin iniciou sua fala concordando com a percepção do ex-presidente, externada na entrevista, de que o país estaria cansado de divisão. “Vamos trabalhar para unir o país. Unir em torno de um projeto, de uma proposta, é isso que o presidente Fernando Henrique defende e nós também defendemos. Vamos unir o Brasil, e o PSDB será protagonista nesse trabalho de poder unir o país, para poder retomar o crescimento”, afirmou Alckmin, que também é presidente do partido, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Sem mais privatizações

Está encerrada a temporada de privatizações de empresas estatais pelo governo federal. A afirmação é do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), nesta quinta-feira. “Não há previsão de privatização de outras estatais”, disse o ministro à revista VEJA. O último episódio foi na semana passada, com o envio ao Congresso de uma Medida Provisória que prevê passar a Eletrobras à iniciativa privada. A MP também trata da contratação de energia para os sistemas que não estão interligados ao Sistema Nacional. A MP retira da Lei 10.848/2004 o artigo que excluía a Eletrobras e suas controladas (Furnas, Chef, Eletronorte, Eletrosul e CGTEE) do Programa Nacional de Desestatização. Essa lei, sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tirou a estatal do programa de privatização criado por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Preservar interesses nacionais

A fabricante de aviões Embraer afirmou em comunicado nesta quarta-feira que uma “eventual combinação de negócios com a Boeing deve preservar, antes de mais nada, os interesses estratégicos da segurança nacional e respeitar incondicionalmente as restrições decorrentes da ação de classe especial (golden share) constantes do estatuto social da companhia, de titularidade do governo brasileiro”. O governo já disse que os ministérios da Defesa e da Fazenda, além da FAB e do BNDES, formarão uma espécie de comitê de auditoria para monitorar a negociação. As ações da Embraer tiveram mais um dia positivo no Ibovespa, subindo 2,49%.

Alta na venda de veículos

A venda de carros de passeio e veículos comerciais leves deve crescer 11,9% em 2018. A previsão é da Fenabrave, federação das distribuidoras de veículos. No segmento de veículos pesados, a previsão é de alta de 8,6% no ano. Ao todo, 2,5 milhões de veículos leves e pesados devem ser emplacados. Em 2017, a venda de automóveis cresceu 9,2% com 2,24 milhões de unidades comercializadas.

Temer autoriza R$ 15 bi para a Caixa

O presidente Michel Temer autorizou a Caixa Econômica Federal a utilizar 15 bilhões de reais do FGTS para investimentos em créditos imobiliários. O empréstimo é uma espécie de socorro ao banco em ano eleitoral, quando a previsão de aporte é menor. A Caixa terá neste ano 4 bilhões de reais para emprestar aos cotistas, menos do que os 6,1 bilhões de reais contratados na linha em 2017.

SEC alerta sobre bitcoin

A Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador dos mercados nos Estados Unidos, alertou nesta quinta-feira que os investidores devem ser cautelosos com criptomoedas como o bitcoin, observando que os reguladores estaduais e federais podem não conseguir recuperar os investimentos perdidos. Enquanto reguladores tentam policiar esses mercados em rápido crescimento, a SEC advertiu os investidores a ficarem vigilantes. Até o fechamento desta nota, o bitcoin caía 0,63%, cotado em 15.039 dólares, segundo o site Coindesk.

Israel quer deportar 38.000 imigrantes

O governo de Israel afirmou, nesta quinta-feira, que vai deportar 38.000 imigrantes ilegais africanos, provenientes principalmente da Eritreia e do Sudão. Eles têm um prazo de até três meses para deixar Israel. Segundo o país, os imigrantes podem sair voluntariamente antes do prazo, recebendo um auxílio de 3.500 dólares e passagem de avião, ou serão presos e levados de volta a seus países de origem. De acordo com o Parlamento israelense, a medida é uma tentativa de defender a fronteira do país. Atualmente, os imigrantes vivem em condições precárias no sul de Tel Aviv e sofrem com o racismo e o desemprego. Com um nível econômico similar ao de países europeus, Israel se tornou um país atraente para imigrantes africanos que buscam melhor condição de vida.

Macron cria lei contra notícias falsas

O presidente francês, Emmanuel Macron, deu início a uma guerra contra as notícias falsas. Em seu discurso de ano-novo para a imprensa, Macron anunciou que vai criar uma lei para controlar, limitar e punir a propagação de notícias falsas na internet durante as campanhas eleitorais. O presidente francês citou como exemplo o ocorrido na campanha presidencial dos Estados Unidos, em que membros do governo russo foram acusados de espalhar notícias falsas e influenciar o resultado das eleições americanas. A organização Repórteres Sem Fronteiras afirmou que vigiará se a lei será aplicada de maneira correta e se respeitará a liberdade de expressão dos jornalistas.

Merkel e Schulz retomam coalizão

A chanceler alemã, Angela Merkel, reuniu-se nesta quinta-feira com o líder do Partido Social Democrata, Martin Schulz, para preparar as negociações de um novo governo no país. Segundo o jornal alemão Der Spiegel, as negociações terão início na semana que vem, e ficou acordado que nenhum membro do governo dará entrevistas ou se pronunciará publicamente sobre a coalizão. Merkel tenta criar uma coalização com o partido de oposição a seu governo desde novembro, quando não obteve êxito em criar a coalizão Jamaica com partidos aliados. Cem dias após as eleições parlamentares, o país ainda não tem um governo formado, e a chanceler enfrenta duras críticas e pressões para firmar um acordo quanto antes com o Partido Social Democrata. Os principais pontos de divergência entre Merkel e a oposição são as questões da imigração e da taxação no país.

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