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Cunha se lança candidato com promessa de aumento

O líder do PMDB na Câmara disse que, se eleito, vai equiparar os salários dos deputados ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal

Cunha: proposta faria com que salários dos deputados, hoje em R$ 26,7 mil, subissem para R$ 29,8 mil (Valter Campanato/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 19h33.

Brasília - Desafeto do PT e sob pressão do Planalto, o líder do PMDB na Câmara , Eduardo Cunha (RJ), oficializou nesta terça-feira sua candidatura "irremovível" à presidência da Casa com promessa de aumentar o salário dos deputados, a construção de um novo prédio orçado em R$ 141,2 milhões e de recusar submissão ao governo federal.

Cunha disse que, se eleito, vai equiparar os salários dos deputados ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

"Sem dúvida", afirmou. "Eu defendo o cumprimento da Constituição, que o salário dos deputados seja equânime com os salários do Poder Judiciário", disse o líder do PMDB.

Aprovada, esta proposta faria com que os salários dos deputados, atualmente em R$ 26,7 mil, subissem para R$ 29,8 mil.

Criaria também um gatilho que reajustaria o valor sempre que houvesse uma correção para os integrantes da Corte.

A Câmara já estuda uma proposta, por exemplo, que aumenta o salário dos ministros para R$ 35,9 mil.

Eduardo Cunha é visto pelo Palácio do Planalto como um candidato "de oposição" em quem não se pode confiar.

Ele é tido como adversário do governo desde que liderou, no início do ano, o "blocão", grupo de oito partidos que impôs derrotas ao governo e convocou ministros a prestarem esclarecimentos a Comissões da Câmara.

Para dirimir essa resistência, Cunha acenou ao Palácio do Planalto com a proposta de reedição de um pacto para que o Legislativo não vote em 2015 a "pauta bomba" composta por projetos que representam aumento dos gastos públicos.

Em seu discurso no Salão Verde do Congresso, Cunha defendeu a independência da Câmara em relação ao Executivo.

"Aqui não tem nenhuma candidatura que defenda oposição e não tem nenhuma candidatura que será submissa à vontade de governo", disse o candidato.

"(Será) uma candidatura que vai defender o direto de o governo ter sua governabilidade, porque o governo está legitimamente eleito para isso e vai exercer o seu governo, mas também vai ser respeitoso com os direitos da oposição para ela poder exercer o seu papel", completou.

Eduardo Cunha afirmou que a cerimônia de oficialização de sua candidatura servia para garantir a outros partidos que ela será levada até o fim.

"Esta candidatura é uma candidatura irremovível. É uma candidatura que, aconteça o que acontecer, será levada a votação no Plenário no dia 1º de fevereiro do ano de 2015", declarou.

Cunha já tem apoio formal do PSC e do Solidariedade e conta com adesões no PTB e no PR.

Eduardo Cunha, 56, é economista, foi deputado estadual no Rio de Janeiro.

Já passou por PPB, PP e PMDB, partido em que está desde 2003, quando foi eleito deputado federal. É líder da bancada de seu partido desde 2013.

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Brasília - Desafeto do PT e sob pressão do Planalto, o líder do PMDB na Câmara , Eduardo Cunha (RJ), oficializou nesta terça-feira sua candidatura "irremovível" à presidência da Casa com promessa de aumentar o salário dos deputados, a construção de um novo prédio orçado em R$ 141,2 milhões e de recusar submissão ao governo federal.

Cunha disse que, se eleito, vai equiparar os salários dos deputados ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

"Sem dúvida", afirmou. "Eu defendo o cumprimento da Constituição, que o salário dos deputados seja equânime com os salários do Poder Judiciário", disse o líder do PMDB.

Aprovada, esta proposta faria com que os salários dos deputados, atualmente em R$ 26,7 mil, subissem para R$ 29,8 mil.

Criaria também um gatilho que reajustaria o valor sempre que houvesse uma correção para os integrantes da Corte.

A Câmara já estuda uma proposta, por exemplo, que aumenta o salário dos ministros para R$ 35,9 mil.

Eduardo Cunha é visto pelo Palácio do Planalto como um candidato "de oposição" em quem não se pode confiar.

Ele é tido como adversário do governo desde que liderou, no início do ano, o "blocão", grupo de oito partidos que impôs derrotas ao governo e convocou ministros a prestarem esclarecimentos a Comissões da Câmara.

Para dirimir essa resistência, Cunha acenou ao Palácio do Planalto com a proposta de reedição de um pacto para que o Legislativo não vote em 2015 a "pauta bomba" composta por projetos que representam aumento dos gastos públicos.

Em seu discurso no Salão Verde do Congresso, Cunha defendeu a independência da Câmara em relação ao Executivo.

"Aqui não tem nenhuma candidatura que defenda oposição e não tem nenhuma candidatura que será submissa à vontade de governo", disse o candidato.

"(Será) uma candidatura que vai defender o direto de o governo ter sua governabilidade, porque o governo está legitimamente eleito para isso e vai exercer o seu governo, mas também vai ser respeitoso com os direitos da oposição para ela poder exercer o seu papel", completou.

Eduardo Cunha afirmou que a cerimônia de oficialização de sua candidatura servia para garantir a outros partidos que ela será levada até o fim.

"Esta candidatura é uma candidatura irremovível. É uma candidatura que, aconteça o que acontecer, será levada a votação no Plenário no dia 1º de fevereiro do ano de 2015", declarou.

Cunha já tem apoio formal do PSC e do Solidariedade e conta com adesões no PTB e no PR.

Eduardo Cunha, 56, é economista, foi deputado estadual no Rio de Janeiro.

Já passou por PPB, PP e PMDB, partido em que está desde 2003, quando foi eleito deputado federal. É líder da bancada de seu partido desde 2013.

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