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Cunha diz que não “há pauta de vingança” contra Dilma

Um dia depois de romper relações com o Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou que não há pauta de vingança contra a presidente Dilma Rousseff.


	Em entrevista coletiva na sexta, Eduardo Cunha já havia dito que sua decisão era pessoal
 (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Em entrevista coletiva na sexta, Eduardo Cunha já havia dito que sua decisão era pessoal (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 18 de julho de 2015 às 16h58.

São Paulo – Um dia depois de romper relações com o Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou que não há pauta de vingança contra a presidente Dilma Rousseff.

Em 20 posts na rede de microblogs Twitter, o peemedebista repetiu o teor do discurso apresentado a jornalistas na manhã da última sexta-feira e afirmou que não está buscando retaliação. 

“Não existe pauta de vingança e nem pauta provocada pela minha opção pessoal de mudança de alinhamento político", escreveu o deputado federal.

A afirmação acontece horas depois que ele desengavetou 11 pedidos de impeachment contra a presidente e autorizou a criação de duas CPIs incômodas ao governo federal: a do BNDES, que vai investigar supostos empréstimos irregulares, e outra para apurar pagamentos indevidos dos Fundos de Pensão das estatais.

Cunha também afirmou que não irá atrapalhar as votações do ajuste fiscal, previstas para o segundo semestre. “Não tenho histórico de ajudar a implementar o caos na economia”, afirmou.

Após flertar com o papel de oposição em diversas ocasições nos últimos meses, Cunha rompeu na manhã de ontem suas relações com o governo federal. A decisão foi tomada após o agravamento das denúncias contra ele na Operação Lava Jato

Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o delator Júlio Camargo disse que Eduardo Cunha pediu propina de 5 milhões de dólares em um contrato de navios-sonda da Petrobras. No mesmo dia, o doleiro Alberto Youssef disse que estava sendo coagido por um deputado "pau mandado" do presidente da Câmara.

Na tarde de hoje, Cunha voltou a repetir que irá entrar com uma reclamação no STF contra o juiz Sérgio Moro: 

Cunha ainda reiterou que, por enquanto, o rompimento com Dilma é uma decisão pessoal, mas que irá defender o posicionamento junto ao PMDB.

Em nota, a direção nacional da sigla afirmou que a decisão do deputado é pessoal. Já a bancada do partido na Câmara, da qual Cunha já foi líder, deve decidir se segue o presidente da Casa só em agosto, quando termina o recesso parlamentar.

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