Cunha diz a Temer que PMDB não deve ficar com ministérios
Cunha reafirmou que defende a saída do PDMB do governo e disse que a reforma ministerial não vai resolver os problemas da base aliada do Planalto
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2015 às 14h38.
Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) , disse ao vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, que o partido não deve ficar com pastas no redesenho da Esplanada dos Ministérios que a presidente Dilma Rousseff está conduzindo.
Cunha se encontrou na manhã desta quinta-feira, 1, com Temer no Palácio do Jaburu.
Cunha reafirmou, em coletiva nesta quinta-feira, 1º, que defende a saída do PDMB do governo e disse que a reforma ministerial não vai resolver os problemas da base aliada do Planalto.
"Eu não acho que a reforma ministerial pura e simples vá resolver o processo, só o tempo vai dizer", afirmou.
Segundo o presidente da Câmara, o envolvimento do partido na reforma ministerial o constrange. "Não estou participando e não é da minha alçada a distribuição de cargos que está sendo feita, pelo contrário, me constrange o meu partido, o PMDB, estar (participando)", afirmou.
Apesar de dizer que não participa das indicações, dois dos nomes cotados para as pastas que serão assumidas por representantes da bancada do PMDB na Câmara são próximos a Cunha: os deputados Manoel Junior e Celso Pansera.
Para Cunha, com a negociação do partido com o governo, o PMDB fica "de certa forma com a fama" de querer mais cargo.
O peemedebista disse ainda que não acredita que a contemplação com pastas aumente o número de votos do partido que o governo pode conseguir no Congresso.
"Aqui no PMDB quem é contra é contra, quem é a favor é a favor. Quem é contra não vai votar por cargos", disse. "Na realidade é uma reforma que pode ter pra eles o cunho político, de uma certa forma mostrar que está mais amarrado."
Nesta tarde, deputados do PMDB contrários à indicação de ministros farão um ato no Salão Verde da Câmara.
De acordo com o deputado Darcísio Perondi (RS), ao menos 20 dos 66 peemedebistas da Casa são contrários à "barganha" com o governo.
Cunha é tido como desafeto da presidente Dilma. Desde o primeiro semestre, ele defende o desembarque do PMDB do governo.
Cunha rompeu com o Planalto em julho deste ano, quando atribuiu ao governo a responsabilidade pelas acusações contra ele no caso do esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.
Capricho
O presidente da Câmara negou que tenha sido "capricho" de sua parte a decisão de obstruir a sessão do Congresso que apreciaria vetos presidenciais e disse que em relação ao veto do reajuste do Judiciário, que deixou de ser apreciado e causa preocupação ao governo caso seja derrubado, a polêmica é culpa do Senado.
"Não foi capricho não. Capricho foi os Senadores terem aprovado o reajuste (do Judiciário) que gerou a necessidade da gente ter que manter esse veto", disse.
Para Cunha, a polêmica em torno do veto que foi criada pelo reajuste do poder Judiciário aprovado pelo plenário do senado federal por unanimidade.
"Quem criou o problema desse veto foi o Senado não foi a Câmara dos Deputados. Agora eles estão querendo cobrar responsabilidade daquilo que eles foram irresponsáveis e aprovaram", completou.
Cunha decidiu na quarta-feira convocar sessão Plenária para o mesmo horário da sessão do Congresso inviabilizando a apreciação dos vetos.
"O movimento foi uma decisão que não foi minha, eu sozinho não poderia ter feito o que eu fiz , eu cumpri o que a maioria dos líderes da casa assim decidiu", reafirmou.
O presidente da Câmara destacou que o acordo com os líderes, que exigiam a inclusão dos vetos relacionados à reforma eleitoral na pauta de ontem, agora não faz mais sentido.
"Era para apreciar os vetos da reforma eleitoral, como o prazo é amanhã, a partir de amanhã tanto faz se apreciar ou não", disse.
Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) , disse ao vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, que o partido não deve ficar com pastas no redesenho da Esplanada dos Ministérios que a presidente Dilma Rousseff está conduzindo.
Cunha se encontrou na manhã desta quinta-feira, 1, com Temer no Palácio do Jaburu.
Cunha reafirmou, em coletiva nesta quinta-feira, 1º, que defende a saída do PDMB do governo e disse que a reforma ministerial não vai resolver os problemas da base aliada do Planalto.
"Eu não acho que a reforma ministerial pura e simples vá resolver o processo, só o tempo vai dizer", afirmou.
Segundo o presidente da Câmara, o envolvimento do partido na reforma ministerial o constrange. "Não estou participando e não é da minha alçada a distribuição de cargos que está sendo feita, pelo contrário, me constrange o meu partido, o PMDB, estar (participando)", afirmou.
Apesar de dizer que não participa das indicações, dois dos nomes cotados para as pastas que serão assumidas por representantes da bancada do PMDB na Câmara são próximos a Cunha: os deputados Manoel Junior e Celso Pansera.
Para Cunha, com a negociação do partido com o governo, o PMDB fica "de certa forma com a fama" de querer mais cargo.
O peemedebista disse ainda que não acredita que a contemplação com pastas aumente o número de votos do partido que o governo pode conseguir no Congresso.
"Aqui no PMDB quem é contra é contra, quem é a favor é a favor. Quem é contra não vai votar por cargos", disse. "Na realidade é uma reforma que pode ter pra eles o cunho político, de uma certa forma mostrar que está mais amarrado."
Nesta tarde, deputados do PMDB contrários à indicação de ministros farão um ato no Salão Verde da Câmara.
De acordo com o deputado Darcísio Perondi (RS), ao menos 20 dos 66 peemedebistas da Casa são contrários à "barganha" com o governo.
Cunha é tido como desafeto da presidente Dilma. Desde o primeiro semestre, ele defende o desembarque do PMDB do governo.
Cunha rompeu com o Planalto em julho deste ano, quando atribuiu ao governo a responsabilidade pelas acusações contra ele no caso do esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.
Capricho
O presidente da Câmara negou que tenha sido "capricho" de sua parte a decisão de obstruir a sessão do Congresso que apreciaria vetos presidenciais e disse que em relação ao veto do reajuste do Judiciário, que deixou de ser apreciado e causa preocupação ao governo caso seja derrubado, a polêmica é culpa do Senado.
"Não foi capricho não. Capricho foi os Senadores terem aprovado o reajuste (do Judiciário) que gerou a necessidade da gente ter que manter esse veto", disse.
Para Cunha, a polêmica em torno do veto que foi criada pelo reajuste do poder Judiciário aprovado pelo plenário do senado federal por unanimidade.
"Quem criou o problema desse veto foi o Senado não foi a Câmara dos Deputados. Agora eles estão querendo cobrar responsabilidade daquilo que eles foram irresponsáveis e aprovaram", completou.
Cunha decidiu na quarta-feira convocar sessão Plenária para o mesmo horário da sessão do Congresso inviabilizando a apreciação dos vetos.
"O movimento foi uma decisão que não foi minha, eu sozinho não poderia ter feito o que eu fiz , eu cumpri o que a maioria dos líderes da casa assim decidiu", reafirmou.
O presidente da Câmara destacou que o acordo com os líderes, que exigiam a inclusão dos vetos relacionados à reforma eleitoral na pauta de ontem, agora não faz mais sentido.
"Era para apreciar os vetos da reforma eleitoral, como o prazo é amanhã, a partir de amanhã tanto faz se apreciar ou não", disse.