EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 16h02.
Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a dizer nesta terça-feira, 10, que está "absolutamente tranquilo" em relação ao pedido de informações sobre a investigação do cartel de trens e de metrô em São Paulo, encaminhado a ele pela Comissão de Ética da Presidência da República.
"Do ponto de vista desse caso, estou absolutamente tranquilo. Não age contra ética quem cumpre a lei. E eu cumpri a lei", afirmou. O ministro disse que o procedimento de consultá-lo está correto e que ele encaminhará à Comissão as explicações que já foram dadas ao Congresso.
O PSDB acusa Cardozo de usar o cargo para determinar uma "investigação seletiva", com o objetivo de perseguir adversários políticos tucanos e abafar os desdobramentos do escândalo do mensalão, que atinge o PT. O ministro alega que mandou investigar a denúncia e que não poderia prevaricar.
Sobre as denúncias contidas no livro "Assassinato de Reputações - Um Crime de Estado", de autoria de Romeu Tuma Jr., ex-secretário do Ministério da Justiça, Cardozo disse que já solicitou as informações dos órgãos envolvidos e que virá à público informar quando houver alguma apuração concluída.
O ex-secretário diz ter ouvido do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) a confissão de que recursos arrecadados na Prefeitura de Santo André, na gestão do prefeito assassinado Celso Daniel (PT), alimentavam as campanhas do PT.
Tuma Jr. revela ainda que Carvalho teria encomendado um documento com informações contra o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), além de engavetar uma investigação sobre a existência de uma suposta conta com recursos do mensalão nas Ilhas Cayman.