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Cristiane Brasil não vai à Câmara para evitar desgaste

Cristiane foi aconselhada por assessores a ficar longe de Brasília para evitar novos desgastes com a opinião pública

Cristiane Brasil: a avaliação de alguns deputados é que o caso já gerou muito ônus à imagem do partido (Gilmar Felix/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Cristiane Brasil: a avaliação de alguns deputados é que o caso já gerou muito ônus à imagem do partido (Gilmar Felix/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de fevereiro de 2018 às 17h10.

Brasília - Impedida de tomar posse como ministra do Trabalho, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) decidiu não retornar aos trabalhos na Câmara esta semana, na véspera do carnaval.

Segundo a reportagem apurou, ela foi aconselhada por assessores a ficar longe de Brasília para evitar novos desgastes com a opinião pública.

Parlamentares do PTB, no entanto, chegaram a fazer um apelo para que ela e o pai, Roberto Jefferson, participassem da reunião da bancada marcada para esta terça-feira, 6. A avaliação de alguns deputados é que o caso já gerou muito ônus à imagem do partido e que ideal seria indicar outro nome para o cargo.

Além de a posse de Cristiane estar barrada pela Justiça há um mês, no final de semana surgiram novas acusações contra Cristiane que ampliaram o imbróglio em torno da indicação. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo no último sábado, Cristiane é alvo de um inquérito que apura suspeitas de associação com tráfico durante a campanha eleitoral de 2010.

Jefferson, que é presidente nacional do PTB, resiste a desistir da nomeação da filha. Ele disse que vai esperar esta semana por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar uma decisão. "Está na mão de Deus", desconversou.

Em nota, Cristiane afirmou que vem "sofrendo uma campanha difamatória" e pediu celeridade à presidente do STF, Cármen Lúcia, para que a questão seja resolvida. "Estou sendo julgada política e não juridicamente. Tenho a ficha limpa. Mas, infelizmente, o meu julgamento superou essa esfera. Preciso que o STF decida essa questão, para que eu possa seguir minha vida política", disse.

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