Brasil

CPMI do 8 de janeiro ouve coronel da PM-DF sobre ataque contra prédio da PF em Brasília

Jorge Naime era chefe do Departamento de Operações da PM no dia 8 de janeiro e está preso por suposta omissão

ex-chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime (PM-DF/Divulgação)

ex-chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime (PM-DF/Divulgação)

Publicado em 26 de junho de 2023 às 06h20.

A Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) do 8 de janeiro ouve nesta segunda-feira, 26, a partir das 14h, o  coronel Jorge Eduardo Naime, da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). Ele era o comandante do Departamento de Operações da corporação até janeiro deste ano e atualmente está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pretende interrogar Naime sobre os acontecimentos do dia 12 de dezembro de 2022, quando manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal e depredaram os arredores do edifício. No seu requerimento, a senadora afirma que o coronel poderá trazer informações “de grande valia” para o trabalho da CPMI.

No dia, os apoiadores radicais do então presidente Jair Bolsonaro deflagraram uma série de atos de vandalismo no centro de Brasília. Carros e ônibus foram danificados e incendiados e houve confronto com a PM

O ataque à sede da PF, e os atos de vandalismo, ocorreram após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro e a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin como presidente e vice-presidente da República, respectivamente, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Preso em fevereiro

Naime foi preso em fevereiro pela Operação Lesa Pátria da PF que investiga os eventos de 8 de janeiro. O coronel saiu de folga poucos dias antes dos atos golpistas de 8 de janeiro e é investigado por participação nos eventos.

Ele teve a prisão preventiva decretada por risco de fuga e prejuízo às investigações. Naime comparecerá à CPMI com escolta policial e falará na condição de testemunha.

Quem já prestou depoimento na CPMI do 8 de janeiro

A CPMI de 8 de Janeiro já ouviu o empresário George Washington Sousa – condenado a 9 anos e 4 meses de prisão pela tentativa de atentado a bomba em um caminhão próximo ao Aeroporto JK, em Brasília, em 24 de dezembro de 2022; o diretor do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF, Leonardo de Castro; e os peritos da Polícia Civil do DF Renato Carrijo e Valdir Pires Filho, que fizeram exames nas proximidades do aeroporto e no referido caminhão. Além do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, acusado de direcionar ações do órgão, na Região Nordeste, para atrapalhar o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Na última terça-feira, 20, Silvinei Vasques negou ter interferido no andamento das eleições majoritárias.

Acompanhe tudo sobre:CPMI do 8 de janeiro

Mais de Brasil

Governo cria sistema de emissão de carteira nacional da pessoa com TEA

Governo de SP usará drones para estimar número de morte de peixes após contaminação de rios

8/1: Dobra número de investigados por atos golpistas que pediram refúgio na Argentina, estima PF

PEC que anistia partidos só deve ser votada em agosto no Senado

Mais na Exame