CPI recebe documentos sobre reuniões do suposto 'ministério paralelo'
Material da Casa Civil cita nomes como os dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, Carlos e Flávio, em encontros realizados sempre no Palácio do Planalto ou do Alvorada
Agência O Globo
Publicado em 28 de maio de 2021 às 12h14.
Pessoas apontadas como integrantes do "ministério paralelo" da Saúde, grupo de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro , teriam participado de ao menos 24 reuniões, no Palácio do Planalto ou no Alvorada.
O objetivo dos encontros seria para definir os rumos da política do governo no combate à pandemia do novo coronavírus. A informação, publicada originalmente na Folha de S.Paulo, consta de documentos da Casa Civil que foram entregues à CPI da Covid .
O presidente Bolsonaro, segundo consta nos documentos, só não participou de seis reuniões do total. Entre os nomes citados estão os dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o senador Flávio Bolsonaro; além do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS); o assessor especial da Presidência Tercio Arnaud (integrante, também, do chamado "gabinete do ódio"); o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten; e a médica Nise Yamaguchi. Carlos e Flávio Bolsonaro teriam participado de ao menos cinco reuniões, três delas por videoconferência, para tratar do tema "governadores e pedidos de apoio para enfrentamento da crise".
Apesar de serem apontados como integrantes do "ministério paralelo", Filipe Martins, assessor internacional da Presidência; Arthur Weintraub, ex-assessor; e o empresário Carlos Wizard não são citados nos documentos.
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