Ao vivo: ex-diretor do Ministério da Saúde depõe na CPI da Covid
Roberto Dias foi citado em dois casos recentes: da cobrança de propina pela vacina Astrazeneca e das irregularidades no contrato da Covaxin
Alessandra Azevedo
Publicado em 7 de julho de 2021 às 06h00.
Última atualização em 7 de julho de 2021 às 09h55.
A CPI da Covid ouve neste momento Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde . O nome dele foi citado em dois casos recentes: o da cobrança de propina em negociações pela vacina da Astrazeneca e o das irregularidades no contrato da vacina indiana Covaxin.
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Expectativa do depoimento
O policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que atuou como representante autônomo da Davati Medical Supply, acusa Dias de ter cobrado propina de US$ 1 por dose durante uma negociação por 400 milhões de doses da Astrazeneca, em fevereiro.
Em depoimento à CPI, Dominguetti afirmou que o pedido teria acontecido em um jantar no restaurante Vasto, em um shopping de Brasília, em 25 de fevereiro.O ex-diretor confirmou ter se encontrado com o PM na data citada, mas negou o pedido de propina.
Também em depoimento à CPI, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), afirmou que Dias o pressionava pela liberação da importação da Covaxin. O ex-diretor de Logística foi exonerado pouco depois da denúncia vir à tona, em junho.
Requerimentos
Antes do depoimento de Dias, a CPI deve aprovar uma série de requerimentos. Estão na fila pedidos de quebra de sigilo telefônico, telemático, fiscal e bancário de Dominguetti; do procurador da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho; de Luis Miranda; e do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.
O nome de Barros foi citado no depoimento de Luis Miranda. O deputado afirmou que o presidente Jair Bolsonaro mencionou nominalmente o líder do governo ao saber de irregularidades e pressões para fechar o contrato da Covaxin.
Os senadores também devem votar requerimentos de convocação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, e de Cristiano Carvalho -- foi ele quem fez os primeiros contatos com oMinistério da Saúde para vender vacinas das Astrazeneca.
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