CPI das Pirâmides Financeiras ouve presidente da CBF nesta quarta-feira
O pedido de audiência com o dirigente foi apresentado pelo presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 20 de setembro de 2023 às 07h14.
Última atualização em 20 de setembro de 2023 às 07h14.
A CPIdas Pirâmides Financeiras recebe nesta quarta-feira, 20, o presidente daConfederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues. A sessão está marcada para às 19h. Mais cedo, às 14h, os parlamentares vão interrogar funcionários e sócios de empresas do setor de criptomoedas.
Ednaldo é mais uma figura conhecida do futebol que comparece na comissão. No dia 31 de agosto, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho prestou depoimento sobre o suposto envolvimento em um esquema de pirâmide s.
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O pedido de audiência com o dirigentefoi apresentado pelo presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). Ele quer esclarecimentos sobre o token para torcedor da seleção brasileira, lançado em 2021, que vendeu 30 milhões de ativos digitais, totalizando R$ 90 milhões.
“Dois anos depois, pouco se falou sobre o assunto. A derrota da seleção brasileira na Copa do Mundo mais a queda generalizada do mercado de criptoativos, em 2022, fez com que o token da CBF, que havia alcançado seu preço máximo de US$ 1,53 ao final de 2022, fosse negociado a US$ 0,06, em maio de 2023, uma queda de 96%”, escreveu o deputado no requerimento de comparecimento.
Ribeiro justificou ainda que a desvalorização do token brasileiro foi a maior entre os fan-tokens de outras seleções, que também desabaram no período: o ARG, da Argentina, recuou 88%; o POR, de Portugal, 85%; e o SNFT, da Espanha, 92%
O presidente da CPI quer que Ednaldo esclareça detalhes do contrato com a Bitci, empresa turca de blockchain que foi parceira na CBF no desenvolvimento do token. A entidade máxima do futebol brasileiro teria encerrado o contrato com a empresa em outubro de 2022 após a Bitci descumprir cláusulas contratuais. É estimado que a dívida dos turcos com a CBF chega a R$ 40 milhões. O problema com a corretora, segundo Ribeiro,resultou em demissões dentro da confederação , como a saída do espanhol Lorenzo Perales da diretoria comercial.
“Dessa forma, faz-se necessária a participação dos convidados para prestarem esclarecimentos sobre o assunto em tela e contribuir nas discussões nesta Comissão”, escreveu Ribeiro.
Em meio ao hype do Metaverso, tokens para torcedores se tornaram populares na indústria do esporte, permitindo o acesso de fãs a vantagens, como ingressos gratuitos, experiências VIP e maior proximidade com marcas e atletas.