Brasil

CPI aprova requerimento de convocação de Paulo Okamotto

Petistas se queixam de que não foram convocados os envolvidos no escândalo que acusam outros partidos além do PT


	"Estão blindando (Jayme e Júlio) porque atinge o presidente da Casa (Eduardo Cunha), que suspendeu a sessão (no plenário) de forma muito adequada", apontou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP)
 (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)

"Estão blindando (Jayme e Júlio) porque atinge o presidente da Casa (Eduardo Cunha), que suspendeu a sessão (no plenário) de forma muito adequada", apontou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2015 às 13h21.

Brasília - Numa sessão tumultuada, a CPI da Petrobras aprovou 140 novos requerimentos, entre eles a convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, a quebra de sigilos do ex-ministro José Dirceu e de sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria, a convocação e quebra de sigilo do lobista Milton Pascowitch, além de acareações entre os principais personagens da Operação Lava Jato.

O PT impôs sua obstrução até parte da sessão na tentativa de retardar o andamento da votação. A oposição, a alinhada com os peemedebistas, conseguiu derrubar os pedidos de retirada de pauta dos petistas e os requerimentos puderam ser apreciados em bloco, de uma só vez.

A ordem do dia no plenário, que estava prevista para começar nesta manhã, foi suspensa e, numa ação orquestrada, assim que os requerimentos foram aprovados na CPI, a votação da reforma política foi retomada no plenário. Os requerimentos extra pauta não foram apreciados.

O deputado Afonso Florence (PT-BA) acusou a CPI, comandada pelo PMDB, de não convocar e blindar os envolvidos nas investigações que acusam outros partidos além do PT. Júlio Camargo, da Toyo Setal, e Jayme de Oliveira Filho, conhecido como Careca, ficaram de fora das convocações.

"Estão blindando (Jayme e Júlio) porque atinge o presidente da Casa (Eduardo Cunha), que suspendeu a sessão (no plenário) de forma muito adequada", apontou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), autor dos requerimentos que não foram votados. "Júlio Camargo é central nesse processo", concordou o relator Luiz Sérgio (PT-RJ), lamentando a forma como os requerimentos foram aprovados.

Exaltados, os petistas reclamaram que a ação foi orquestrada para expor o PT no dia da abertura de seu 5º Congresso. "Não pode transformar a CPI em tiro ao alvo ao PT", protestou Florence.

Os tucanos acusaram o PT de impedir as investigações da CPI. "Bandidos do PT estão presos e eles não querem que sejam acareados?", provocou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). "Hoje no PT tem bandidos de quinta categoria", insistiu o tucano.

Entre os requerimentos aprovados está uma série de acareação entre Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Pedro Barusco, João Vaccari Neto, Alberto Youssef, do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli; quebra do sigilo e convocações de parentes de Youssef; quebra de sigilos e busca e apreensão no Grupo Schahin; quebra de sigilo contra as empresas de Julio Faerman (ex-representante da SBM Offshore) e de seus filhos Eline e Marcello Faerman; e novas convocações, como da viúva do ex-deputado José Janene (PP-PR), Stael Janene, da mulher de Paulo Roberto Costa, Marici Costa, do ex-ministro da Controladoria Geral da União (CGU) Jorge Hage, de funcionários da CGU, e do petista José de Filippi Júnior.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPartidos políticosPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Mudanças climáticas vão agravar desafios no abastecimento de água até 2050, diz estudo

G20: Brasil reafirma meta de sair do Mapa da Fome até 2026, diz ministro

União e PSD definem derrota para o governo no Senado em votação de emendas, veja placar

Senado exclui possibilidade de bloqueio de emendas e desobriga a destinação de verbas para a saúde