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CPFL prevê queda de 0,3% na carga de energia em 2015

A desaceleração da economia e o efeito dos reajustes nas tarifas dos consumidores devem ocasionar a queda


	Entre junho e novembro, precisa chover o equivalente a no mínimo 87% da média histórica para que o nível dos reservatórios cheguem em 15% da capacidade de armazenamento, acima dos 10% considerados necessários
 (Wikimedia Commons)

Entre junho e novembro, precisa chover o equivalente a no mínimo 87% da média histórica para que o nível dos reservatórios cheguem em 15% da capacidade de armazenamento, acima dos 10% considerados necessários (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2015 às 12h54.

São Paulo - O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr., descartou nesta segunda-feira, 11, que o governo precisa adotar qualquer tipo de medida de redução da oferta de energia no decorrer de 2015.

A visão otimista reflete uma percepção pessimista: a desaceleração da economia e o efeito dos reajustes nas tarifas dos consumidores devem ocasionar uma queda de 0,3% na carga de energia em 2015, na comparação com o mesmo período do ano passado.

No início deste mês, o Operador Nacional do Sistema (ONS) elétrico reduziu a previsão de carga deste ano de uma alta de 3,3% para uma queda de 0,1%. Praticamente em linha com a previsão da CPFL.

Confirmada a estimativa apresentada nesta manhã por Ferreira, a carga em 2015 deve atingir 64,9 GW médios, contra 65,1 GW médios do ano passado.

O executivo também fez uma breve análise sobre a trajetória dos reservatórios durante o chamado período seco, até o final do ano, já incorporando uma estimativa de energia natural afluente (ENA) equivalente a 97% da média de longo termo (MLT) no mês de maio, conforme indicador pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) elétrico.

Segundo Ferreira, o indicador de ENA entre junho e novembro precisa ser equivalente a no mínimo 87% da média histórica. Caso esse número seja atingido, o nível dos reservatórios chegaria a maior em 15% da capacidade de armazenamento, acima do patamar considerado mínimo necessário de 10%.

Ferreira destacou que, considerando o histórico de resultados para o período, a probabilidade de esse número mínimo de 87% não ser atingido no período seco é de apenas 28%.

Diante desses números e da queda do consumo, Ferreira acredita ser "muito improvável qualquer tipo de necessidade de redução de oferta de energia". O executivo participa nesta segunda de teleconferência com analistas e investidores.

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