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Covid-19: Fiocruz alerta para estagnação na cobertura vacinal

Terceira dose nos grupos mais jovens segue abaixo da média considerada satisfatória

Profissional de saúde prepara uma dose da vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 (AFP/AFP)

Profissional de saúde prepara uma dose da vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 (AFP/AFP)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de maio de 2022 às 17h31.

Última atualização em 19 de maio de 2022 às 17h57.

A estagnação do crescimento da cobertura vacinal contra a covid-19 na população adulta, além da desaceleração da curva de cobertura de terceira dose, é motivo de preocupação, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O alerta faz parte da nova edição do Boletim do Observatório Covid-19, divulgado nesta quinta-feira, 19.

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De acordo com os dados da Fiocruz, na população acima de 25 anos, a cobertura no território nacional para o esquema vacinal completo é de 80%. No entanto, a terceira dose nos grupos mais jovens segue abaixo da média considerada satisfatória.

“A análise aponta cobertura de 63,9% na faixa etária de 55 a 59 anos; 57,9% na de 50 a 54 anos; 52,8% de 45 a 49 anos. O percentual diminui gradualmente: a partir de 40 a 44 anos é de 49,8%; de 35 a 39 anos é de 44,7%; de 30 a 34 anos é de 40,3%; de 25 a 29 anos é de 35,5%; de 20 a 24 anos é de 30,4%; e de 18 a 19 anos é de 25,2%”, destacou a Fiocruz.

No período de 24 de abril a 14 de maio, o boletim sinaliza que, em relação à quarta dose, na faixa etária de maiores de 80 anos é de 17,7%; de 75 a 79 anos é de 12,4%; de 70 a 74 anos é de 12%; de 65 a 69 anos é de 6,4%; e de 60 a 64 anos é de 3,4%.

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Em relação à terceira dose, nas faixas etárias acima de 65 anos, a cobertura está acima de 80%.

Nas crianças entre 5 e 11 anos, 60% tomaram a primeira dose e 32% estão com esquema vacinal completo.

“O cenário atual ainda é motivo de preocupação. A ocorrência de internações tem sido consistentemente maior entre idosos, quando comparados aos adultos. Além disso, o surgimento de novas variantes, que podem escapar da imunidade produzida pelas vacinas existentes, constitui uma preocupação permanente”, explicam os pesquisadores da Fiocruz.

O boletim alerta que, diante da falta de incentivo do uso de máscaras como medida de proteção coletiva e a não obrigatoriedade da apresentação do passaporte vacinal, a discussão sobre a vacinação torna-se ainda mais importante.

A íntegra do último boletim pode ser acessada na página da Fiocruz na internet.

(Agência Brasil)

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