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Correios vão ao TST na tentativa de evitar greve

Os Correios argumentam que desde 3 de julho estão sendo realizadas tentativas de diálogo com as entidades sindicais


	Central de distribuição dos Correios: em nota, a empresa informou que a medida foi tomada com "o objetivo de garantir a normalidade do atendimento"
 (Lia Lubambo/ Arquivo EXAME)

Central de distribuição dos Correios: em nota, a empresa informou que a medida foi tomada com "o objetivo de garantir a normalidade do atendimento" (Lia Lubambo/ Arquivo EXAME)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 20h44.

Brasília - Sob iminente risco de greve dos funcionários, os Correios ingressaram nesta quinta-feira com proposta de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em nota, a empresa informou que a medida foi tomada com "o objetivo de garantir a normalidade do atendimento à população brasileira".

Segundo informações dos Correios, a ação é de natureza mista: revisional, jurídica e de greve. A primeira pede a revisão do acórdão vigente, fruto do dissídio de greve de 2011 e que tem validade por quatro anos. A segunda é para esclarecer dúvidas sobre a cláusula que trata do vale-refeição/alimentação extra, fornecido pela empresa a todos os trabalhadores em dezembro. A terceira parte pede a intermediação do TST, em vista da greve e do esgotamento das negociações.

Os Correios argumentam que desde 3 de julho estão sendo realizadas tentativas de diálogo com as entidades sindicais. "No início de setembro, a ECT ofereceu reajuste de 5,2% reajuste de salários e benefícios, garantindo o poder de compra do trabalhador com a reposição da inflação do último ano. O salário-base inicial, por exemplo, iria para R$ 991,77. Se somado o adicional de atividade que os carteiros recebem, o vencimento subiria para R$ 1.289,30. Este cargo é de nível médio", citou a nota. Antes, porém, os Correios haviam oferecido 3% de reajuste.

Além do reajuste, entretanto, um forte ponto de discórdia entre a empresa e os funcionários é uma proposta feita pelos Correios de alterações no sistema de atendimento à saúde. Nesse aspecto, os funcionários rejeitam mudança, temendo perdas em qualidade no atendimento.


Na capital paulista, principal praça postal do País, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo (Sintect-SP) avalia que "ou empresa melhora a proposta, ou a categoria vai à greve". O sindicato realizou uma assembleia na terça-feira e rejeitou a proposta dos Correios, que prevê reajuste de 5,2%. Haverá nova assembleia na terça-feira (18), "para, se não houver avanços, deflagrar a greve da categoria", conforme destacou boletim do sindicato.

O Sintect-SP está no grupo formado pelos "Sindicatos Unificados", reunindo os trabalhadores dos Correios da capital paulista e região metropolitana; de Bauru, no interior paulista, e dos Estados do Rio de Janeiro e Tocantins. O reajuste solicitado pelos "Sindicatos Unificados" é de 10,2%.

Outras 31 regionais dos Correios têm sindicatos de trabalhadores ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), entidade que pede 43,7% de reajuste. De acordo com a federação, no 18 avaliarão a possibilidade de entrar em greve os trabalhadores dos Correios das regionais de Mato Grosso, Bauru, Amazonas, Campinas, Ceará, Goiás, Sergipe, São Paulo, Rio Grande do Sul, Tocantins, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São José do Rio Preto e Vale do Paraíba. No dia 25 poderão ser paralisados os serviços em Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Juiz de Fora, Rio Grande do Norte, Ribeirão Preto e Santos.

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