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Correios rejeitam contraproposta de trabalhadores e greve continua

Segundo executivo da empresa, o impacto da nova proposta seria de R$ 4,3 bilhões por ano, num aumento de 70% da folha de pagamento

Agência dos Correios: além das agências, a estatal terá cartão de crédito (Wikimedia Commons)

Agência dos Correios: além das agências, a estatal terá cartão de crédito (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2011 às 20h23.

São Paulo - Os Correios rejeitaram a contraproposta apresentada hoje pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT). Larry Almeida, vice-presidente de gestão de pessoas dos Correios, disse à Agência Estado que a proposta é inviável. "Essa proposta coloca em risco a sustentabilidade dos Correios, porque só a folha de pagamento absorveria 80% do orçamento da empresa", argumentou.

Segundo o executivo, o impacto da nova proposta seria de R$ 4,3 bilhões por ano, o que representa um aumento de 70% no custo anual da folha de pagamento da estatal, que no ano passado somou cerca de R$ 6 bilhões. A Fentect solicita reposição da inflação de 7,16%, calculada pelo IPCA; reposição das perdas salariais de 24,76%, de 1994 a 2010, entre outras reivindicações.

Para o executivo dos Correios, apesar de alterações pontuais, do ponto de vista orçamentário a nova proposta se equivale à apresentada inicialmente pelo sindicato. Para minimizar os transtornos para a população, Almeida reiterou que neste final de semana haverá um novo mutirão da empresa para organizar e despachar correspondências cujas entregas estão atrasadas. Em relação à paralisação, os Correios divulgaram balanço indicando que o índice nacional de adesão à paralisação caiu de 32% do efetivo da empresa, no primeiro dia, para 19%.

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