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Contran decide que Kombi não poderá mais ser produzida

Conselho recusou pedido da Volkswagen para manter a fabricação da Kombi por dois anos, sem os equipamentos de segurança

Funcionários trabalham na linha de montagem da Kombi na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (Paulo Whitaker/Reuters)

Funcionários trabalham na linha de montagem da Kombi na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 19h16.

Brasília - O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) recusou, nesta quarta-feira, 18, o pedido da Volkswagen para manter a fabricação da Kombi por dois anos, sem os equipamentos de segurança que serão exigidos a partir do ano que vem: air bag e freio ABS. "Todas as montadoras tiveram o tempo necessário para adequar a sua linha de produção à resolução 311/2009-312/2009", disse o presidente em exercício do Contran, Morvam Duarte.

Segundo o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, a exceção para a Kombi seria um retrocesso do ponto de vista do que o governo está fazendo para reduzir o número de acidentes de trânsito. De acordo com o ministro, a Kombi deixou de ser fabricada há mais de 30 anos, na Alemanha, e há 20 anos, no México, por exemplo, por não conseguir ser adaptada para receber os novos equipamentos de segurança. "Os carros brasileiros têm um preço que temos de exigir, no mínimo, uma contrapartida de segurança veicular. A vida das pessoas não tem preço", disse Ribeiro.

Em relação ao número de trabalhadores que ficarão desempregados com a desativação da linha de montagem da Kombi, o ministro disse que eles poderão ser realocados para outras linhas de montagem. Segundo representantes da Volkswagen e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que estiveram presentes à reunião do Contran, a linha da Kombi emprega aproximadamente mil pessoas. Ribeiro disse que somente agora, a 15 dias da entrada em vigor da nova exigência, a montadora procurou o Contran para fazer esse pedido. O Conselho Nacional de Trânsito, diretamente subordinado ao ministro da Justiça, é o órgão máximo normativo e coordenador da política e do Sistema Nacional de Trânsito.

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