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Contra o marco temporal, indígenas iniciam passeata com destino à Praça dos Três Poderes

Lideranças do movimento terão reunião com Lula

Indígenas participam de marcha em protesto contra a lei do marco temporal (Carl de Souza/Getty Images)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 25 de abril de 2024 às 16h21.

Um grupo de indígenas realiza uma marcha em protesto contra a lei do marco temporal na área central de Brasília. Organizados pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), os manifestantes se deslocam pela Esplanada dos Ministérios em direção à Praça dos Três Poderes.

Ao fim do ato, as lideranças do movimento terão reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. A manifestação ocorre em protesto contra a lei do marco temporal, que institui que os povos indígenas só podem reivindicar as terras que ocupavam na data da promulgação da Constituição de 1988.

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O lema do ato é “o nosso marco é ancestral”. Os indígenas também empunham cartazes pedindo mais demarcações de terra e contra a exploração de petróleo e gás na Amazônia.

A Polícia Militar do Distrito Federal escolta o grupo e faz um cordão de isolamento no Eixo Monumental para dividir as pistas destinadas à circulação de veículos e a do ato.

Flechas, zarabatanas, tacapes e lanças são vetadas

O principal alvo dos protestos é a bancada ruralista do Congresso Nacional, que articulou a aprovação da lei do marco e derrubou o veto de Lula à medida. Mas também há críticas ao governo e ao presidente da República pela demora em cumprir a promessa de demarcar 14 terras protegidas — 10 já foram homologadas até agora.

Oriundos de diversos estados do país, os indígenas chegaram em Brasília no início da semana e montaram um acampamento ao lado do estádio Mané Garrincha. A ideia é que eles permaneçam na capital até esta sexta.

Em 2023, Lula foi ao acampamento como convidado ilustre. Na edição deste ano, as lideranças da Apib decidiram que deveriam fazer uma marcha até o Planalto como um gesto de protesto contra a demora na entrega das demarcações e a falta de articulação política para barrar a tese do marco temporal.

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