Conselho decide dar última chance para defesa de Delcídio
Hoje, pela 3ª vez, Delcídio não atendeu ao chamado do conselho para prestar esclarecimentos sobre a acusação de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2016 às 13h01.
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado decidiu hoje (19) dar uma última oportunidade para que o senador Delcídio do Amaral (sem-partido-MS) se defenda no colegiado, antes que o parecer do relator do caso, Telmário Mota (PDT-TO), seja votado.
O novo depoimento foi marcado para a próxima terça-feira (26), às 14h30. Hoje, pela terceira vez, Delcídio não atendeu ao chamado do conselho para prestar esclarecimentos sobre a acusação de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
Nas duas sessões anteriores à de hoje, o senador apresentou atestado médico. Desta vez, amparado por uma decisão do próprio Conselho de Ética, do dia 29 de março, de dar cinco dias para que o senador se defenda, a partir do recebimento da cópia da gravação feita por Bernardo Cerveró.
Na gravação, Delcídio eferece, à época que era líder do governo no Senado, um plano de fuga e uma mesada de R$ 50 mil ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, pai de Bernardo, para que ele não fechasse de delação premiada com o Ministério Público Federal.
Além disso, a decisão do Conselho de Ética, também incluía o recebimento da delação de Cerveró.
Delcídio argumentou que, como o Supremo Tribunal Federal ainda não encaminhou esses documentos ao colegiado, ele estaria desobrigado de apresentar sua defesa antes que isso acontecesse.
Irritação
Irritados com a postura de Delcídio, que na avaliação dos senadores, está postergando propositadamente a ida ao Senado, os senadores recuaram da decisão tomada em março para ouvir Delcídio após a juntada desses documentos.
Hoje, um novo requerimento, apresentado pelo relator e aprovado por unanimidade, dispensa o envio dos dados antes do depoimento do senador acusado.
Os senadores do conselho também criticaram o fato de o senador ter sempre um motivo para não vir ao colegiado, ao mesmo tempo que tem dado entrevistas a revistas e diversas emissoras de televisão.
Eles citaram a última, concedida ao repórter Roberto Cabrini, do SBT, que foi ao ar no último domingo (16). Na entrevista, Delcídio diz que retornará ao Senado para votar a favor do impeachment de Dilma Rousseff.
Advogado
A última chance que será dada a Delcídio, antes da apresentação do relatório, foi dada em atendimento a um pedido feito advogado do senador, Raul Amaral, que acompanhou a sessão.
A ideia de vários senadores era dispensar o parlamentar e dar sinal verde para a fase de elaboração do relatório e votação do parecer.
O advogado afirmou que, na próxima semana, o senador, comparecerá. Mas, ao ser pressionado pelos senadores a dar alguma garantia, o advogado disse que não poderia prever, por exemplo, “se até lá o senador não será atropelado”.
Após ser submetido em São Paulo a uma cirurgia para a retirada da vesícula e de pólipos, o último atestado apresentado por Delcídio, no dia 5 de abril, venceu na última sexta (15).
Até o fechamento desta matéria, nenhum outro havia sido entregue. Assim, se não comparecer à sessão na tarde desta terça-feira, o senador será considerado faltoso.
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado decidiu hoje (19) dar uma última oportunidade para que o senador Delcídio do Amaral (sem-partido-MS) se defenda no colegiado, antes que o parecer do relator do caso, Telmário Mota (PDT-TO), seja votado.
O novo depoimento foi marcado para a próxima terça-feira (26), às 14h30. Hoje, pela terceira vez, Delcídio não atendeu ao chamado do conselho para prestar esclarecimentos sobre a acusação de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
Nas duas sessões anteriores à de hoje, o senador apresentou atestado médico. Desta vez, amparado por uma decisão do próprio Conselho de Ética, do dia 29 de março, de dar cinco dias para que o senador se defenda, a partir do recebimento da cópia da gravação feita por Bernardo Cerveró.
Na gravação, Delcídio eferece, à época que era líder do governo no Senado, um plano de fuga e uma mesada de R$ 50 mil ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, pai de Bernardo, para que ele não fechasse de delação premiada com o Ministério Público Federal.
Além disso, a decisão do Conselho de Ética, também incluía o recebimento da delação de Cerveró.
Delcídio argumentou que, como o Supremo Tribunal Federal ainda não encaminhou esses documentos ao colegiado, ele estaria desobrigado de apresentar sua defesa antes que isso acontecesse.
Irritação
Irritados com a postura de Delcídio, que na avaliação dos senadores, está postergando propositadamente a ida ao Senado, os senadores recuaram da decisão tomada em março para ouvir Delcídio após a juntada desses documentos.
Hoje, um novo requerimento, apresentado pelo relator e aprovado por unanimidade, dispensa o envio dos dados antes do depoimento do senador acusado.
Os senadores do conselho também criticaram o fato de o senador ter sempre um motivo para não vir ao colegiado, ao mesmo tempo que tem dado entrevistas a revistas e diversas emissoras de televisão.
Eles citaram a última, concedida ao repórter Roberto Cabrini, do SBT, que foi ao ar no último domingo (16). Na entrevista, Delcídio diz que retornará ao Senado para votar a favor do impeachment de Dilma Rousseff.
Advogado
A última chance que será dada a Delcídio, antes da apresentação do relatório, foi dada em atendimento a um pedido feito advogado do senador, Raul Amaral, que acompanhou a sessão.
A ideia de vários senadores era dispensar o parlamentar e dar sinal verde para a fase de elaboração do relatório e votação do parecer.
O advogado afirmou que, na próxima semana, o senador, comparecerá. Mas, ao ser pressionado pelos senadores a dar alguma garantia, o advogado disse que não poderia prever, por exemplo, “se até lá o senador não será atropelado”.
Após ser submetido em São Paulo a uma cirurgia para a retirada da vesícula e de pólipos, o último atestado apresentado por Delcídio, no dia 5 de abril, venceu na última sexta (15).
Até o fechamento desta matéria, nenhum outro havia sido entregue. Assim, se não comparecer à sessão na tarde desta terça-feira, o senador será considerado faltoso.