Conselho de Ética suspende sessão sobre cassação de Maluf e mais deputados
Após iniciar a análise do caso de um dos deputados, presidente do colegiado teve de suspender a reunião devido ao início da sessão do Congresso Nacional
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de abril de 2018 às 17h54.
Brasília - O Conselho de Ética da Câmara suspendeu mais uma vez a análise dos processos que pedem a cassação dos deputados Celso Jacob (MDB-RJ), João Rodrigues (PSD-SC), que estão presos, de Paulo Maluf (PP-SP), que cumpre prisão domiciliar, de Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), que foi denunciado lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Na semana passada, o conselho não realizou reunião por falta de quórum. Nesta terça-feira, 3, após iniciar a análise do caso de Jacob, o presidente do colegiado, Elmar Nascimento (DEM-BA), teve de suspender a reunião devido ao início da sessão do Congresso Nacional no plenário.
Elmar disse que vai tentar reunir novamente o conselho nesta terça, após a sessão no plenário, mas se não houver quórum a discussão dos processos deve acontecer somente na quarta.
Segundo o presidente, quando a reunião for retomada, a ideia é ler todos os quatro relatórios e abrir prazo para vista, o que fará com que a votação sobre a admissibilidade dos processos seja novamente adiada.
Jacob
O único relatório que foi lido nesta terça foi sobre o caso de Celso Jacob. Como o deputado está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, o relator do pedido de cassação, Sandro Alex (PSD-PR), votou a favor da admissibilidade do processo.
"A situação a que está submetido o representado é de conhecimento público e notório, sendo a limitação de liberdade indício suficiente de plausibilidade da falta aos deveres fundamentais do deputado", disse.
Jacob foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a sete anos e dois meses em regime semiaberto por crimes de falsificação de documento público e dispensa irregular de licitação quando era prefeito de Três Rios (RJ).
Por um período, Jacob continuou frequentando a Câmara de dia e voltando para a cadeia à noite. Em novembro, no entanto, a prisão foi convertida a regime fechado, depois de ele ser flagrado tentando entrar na Papuda com biscoitos e queijo escondidos na cueca.